Lula prioridade para 2010

Deu no blog do Josias
Lula pedirá ao PT ‘prioridade’ à eleição para o Senado
Sérgio Lima/Folha

Na escala de prioridades de Lula para 2010, o Senado foi guindado à condição de segunda meta. Vem logo abaixo da campanha presidencial de Dilma Rousseff.

Em privado, Lula diz que não deseja para Dilma o Senado que a má sorte impôs a ele. Fala em “quebrar a espinha da oposição”.

Refere-se a líderes como José Agripino Maia (DEM-RN) e Arthur Virgílio (PSDB-AM) com expressões pouco lisonjeiras. Afirma que é preciso “varrer essa gente”.

Nas próximas semanas, Lula vai tratar do tema com dirigentes do PT. Deseja converter a sua meta pessoal numa prioridade do partido.

Enxerga duas vantagens na estratégia. Acha que, fixando-se no Senado, além de ajudar a “varrer essa gente”, o PT facilita o acerto com o PMDB.

Há cerca de duas semanas, Lula manteve com Michel Temer (PMDB-SP) uma conversa esclarecedora. Deu-se na biblioteca do Palácio da Alvorada.

Temer esmiuçou para Lula os problemas que o PMDB tem enfrentado para se entender com o PT em determinados Estados.

Nessas costuras regionais, tenta-se obter o sobretudo que vai recobrir o figurino principal de 2010: uma chapa em que Dilma seja adornada com um vice do PMDB.

Temer disse a Lula que, para arrancar da convenção do PMDB o apoio a Dilma, precisa que o PT lhe facilite a vida nos Estados em que seu partido almeja o governo.

Ao reproduzir o diálogo que teve com o presidente a líderes de seu partido, Temer disse ter listado alguns Estados onde as encrencas são mais acesas.

Mencionou, por exemplo: Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul.

Lula prometeu agir. E expôs o pedaço de sua estratégia que se volta para o Senado.

Disse que recomendaria ao PT que, em vez de cobiçar primordialmente os governos estaduais, passasse a ter olhos também para as cadeiras do Senado.

Depois desse encontro, o Senado passou a frequentar praticamente todas as conversas de Lula –com assessores e aliados— sobre 2010.

O maremoto de denúncias que engolfa a presidência de José Sarney serve de tônico para os argumentos de Lula.

“A gente não pode mais conviver com essa instabilidade constante”, disse ele, num de seus diálogos.

Sob Lula, o Senado virou uma trincheira da oposição no Legislativo. Em tese, o governo dispõe de maioria. Na prática, coleciona derrotas.

O principal infortúnio, ainda hoje atravessado na traquéia do presidente, foi a derrubada da CPMF, em 2007.

Mais recentemente, a fluidez da maioria governista permitiu à oposição arrastar para um pedaço de papel assinaturas suficientes para impôr a CPI da Petrobras.

Algo que obrigou o Planalto a se meter numa refrega legislativa. Adiou o início da investigação por três vezes. Mas a espada da CPI ainda pende sobre o governo.

A articulação senatorial de Lula não se restringe ao PT. Pretende tonificar qualquer candidatura que reúna condições de se contrapor à “gente” da oposição.

Procura, por exemplo, nomes que possam criar obstáculos à reeleição de Agripino Maia no Rio Grande do Norte.

No Amazonas, joga fichas na candidatura ao Senado do governador Eduardo Braga (PMDB), feroz adversário de Arthur Virgílio.

Na Bahia, onde o PSDB se acertou com o DEM, Lula tenta convencer o ministro Geddel Vieira Lima, do PMDB, a disputar o Senado, não o governo.

“Se o Geddel disputar o Senado, eu faço a campanha dele”, diz Lula, dono de confortáveis índices de popularidade na Bahia.

Governo decide manter redução do IPI por mais três meses
O presidente Lula acusou os empresários de não repassarem completamente a redução do imposto para os preços dos seus produtos.
Por Redação

O ministro Guido Mantega (Fazenda) anunciará na próxima segunda-feira (29) a prorrogação da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) por mais três meses. As informações são de O Globo.Para os carros de mil cilindradas, o imposto continuará zerado. Material de construção e os eletrodomésticos da linha branca (fogão, geladeira, máquinas de lavar e tanquinhos) também serão beneficiados.A ideia da equipe econômica era começar a elevar gradativamente o IPI, mas o presidente Lula resolveu adiar a recomposição por até seis meses. Ele acusou os empresários de não repassarem completamente a redução do imposto para os preços dos seus produtos.

Fonte:Nominuto.com

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