MP sugere a prefeito de Campestre que retire cor do partido de prédios
Recém-empossado, Zequinha Borges saiu pintando a “cidade” de verde. Ministério Público entendeu ser uma clara referência ao PMDB.
Por Maiara Felipe
Zequinha: tudo verde em Campestre.
O prefeito de São José de Campestre, José Borges Segundo (PMDB), o Zequinha Borges, empossado há menos de um mês, saiu pintando vários prédios públicos da cidade com a cor verde. Diante disso, o Ministério Público, por entender que se trata de uma referência ao partido do prefeito, recomendou que ele pinte tudo novamente. Um dos argumentos utilizados pela promotora de Justiça, Polireda Madaly Bezerra, na publicação do Diário Oficial do Estado (DOE), desta sexta-feira (11), é que Zequinha informou ao Ministério que os cofres públicos não dispõem de receita suficiente ao pagamento dos servidores públicos em relação ao mês de agosto deste ano. “A municipalidade não dispõe de receita suficiente para fazer face às despesas correntes, muito menos a possuirá para a realização de despesas supérfluas, tais como a utilizada com a pintura dos prédios públicos nas cores do partido ao qual é filiado José Borges Segundo”, relata a peça.
Após cinco dias de administração, Zequinha emergência administrativa por 90 dias no município. Ele determinou a mudança das sedes da prefeitura e secretarias, a restrição no horário de funcionamento das repartições públicas para o turno matutino, suspensão por 90 dias no pagamento de dívidas do município e recadastramento dos cargos comissionados. O decreto de emergência, publicado no DOE de 26 de agosto, dizia ainda que o transporte escolar está paralisado, as escolas não têm merenda, faltam médicos e remédios na cidade e determina aluguel de prédios provisórios para instalação do Executivo. A determinação da promotora diz que Zequinha Borges, deve se abster imediatamente de pitar os prédios públicos na cor de qualquer partido político. No prazo de 10 dias úteis, à restauração dos bens já pintados, sob pena de responsabilização de ser acusdo de improbidade administrativa.
O prefeito anterior, Laercio Ferreira (PMN), foi cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral por irregularidades na prestação de contas da gestão que terminou em 2004.

Deixar um comentário