Com chapa única, grupo de Temer tem 591 votos

Temer volta a presidir o PMDB nacional

A chapa encabeçada pelo deputado deputado Michel Temer acaba de receber 591 dos 797 votos possíveis na convenção nacional do PMDB e vai comandar a sigla pelos próximos dois anos.


A chapa, intitulada “Unidade”, vai se reunir nos próximos minutos para definir os nomes que comporão a Executiva Nacional do PMDB, instância máxima da sigla.

Temer vai ser reconduzido à presidência e praticamente sela seu nome como candidato à vice-presidente da República na chapa com a ministra Dilma Rousseff caso a convenção do partido em junho decida pela aliança com o PT .

Além dos 591 votos, existiram duas abstenções e quatro votos em branco. O número de 797 possíveis não foi atingido devido à falta de grande parte dos convencionais de São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Paraná.

Nestes Estados os líderes do PMDB defendem o apoio da sigla à candidatura de José Serra (PSDB) ou o lançamento de um nome do partido para disputar a presidência da República.
DEU EM O ESTADO DE S.PAULO

Ciro se diz ”prejudicado” e engrossa discurso
Ele vê ‘ruído’ na mudança do título para SP e põe partido em dilema

De Julia Duailibi:

Após um giro pela França, Alemanha e Holanda, que despertou a fúria de aliados, o deputado Ciro Gomes (PSB) voltou a Brasília com um veredicto: foi prejudicado pela mudança do seu título de eleitor para São Paulo em outubro passado. Agora, com setores de seu partido flertando com apelos governistas de fazer uma eleição plebiscitária, o deputado resolveu engrossar o discurso de pré-candidato e chega a vaticinar uma zebra no cenário da eleição nacional. “Vai mudar tudo”, afirma.

“Eu estou dizendo que topo, mesmo isolado. Para mim é um imperativo moral. Se amanhã o meu partido me exonerar desse imperativo, também estou satisfeito, estou com a vida ganha. Não acho que eu seja indispensável para o País”, afirmou ao Estado, antes de viajar a Pernambuco, onde gravou o programa de TV do partido que vai ao ar no dia 18 e do qual será a principal estrela. E o suicídio eleitoral de ir para uma disputa com dois minutos de TV? “Vou com zero”, respondeu Ciro.

O PSB passa por um dilema. Enquanto setores apostam que Ciro deve ir para a disputa, mesmo sem alianças, outra ala avalia que, sem tempo de TV, resta abraçar a candidatura da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. Neste grupo, está o presidente do PSB, o governador Eduardo Campos (PE). Parlamentares temem que o voo solo prejudique os planos de eleger 50 deputados e reeleger os governadores de Pernambuco e Ceará (Cid Gomes, irmão de Ciro).

O deputado joga para o partido a decisão sobre sua candidatura a presidente, o que deixa a porta aberta para a retirada de seu nome da corrida. Caso isso ocorra, aumenta a chance de ser arrastado para a disputa do governo paulista – desejo do presidente Lula inversamente proporcional ao dele.

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