Cai o número de partos na adolescência

Segundo dados do Ministério da Saúde, a quantidade de partos em adolescentes de 10 a 19 anos caiu 22,4% de 2005 a 2009. A maior taxa de queda anual ocorreu no ano passado, considerando o intervalo de 2000 a 2009, quando foram realizados 444 mil partos em todo País. Ao longo da década, a redução total foi de 34,6%.
 

Conforme o ministério, essa tendência é consequencia das campanhas destinadas aos adolescentes e à ampliação do acesso ao planejamento familiar. No ano passado foram investidos R$ 3,3 milhões nas ações de educação sexual e reforço na oferta de preservativos aos jovens brasileiros.
 

Nos últimos dois anos, 871,2 milhões de camisinhas foram distribuídas para a população. Os preservativos podem ser retirados por qualquer pessoa nos postos de saúde. Nesses locais, os adolescentes também têm acesso ao apoio de profissionais de saúde que avaliarão qual o melhor método contraceptivo para cada jovem.
 

Entre as opções, está a dupla proteção – o uso de pílulas anticoncepcionais, DIU ou injeção de hormônios associado ao preservativo. Essa prática é recomendada para que, além de evitar a gravidez, os jovens se previnam de doenças sexualmente transmissíveis (DST).
 

A coordenadora de Saúde do Adolescente e do Jovem do Ministério da Saúde, Thereza de Lamare, afirma que os rapazes também são orientados na gravidez da parceira ou da namorada. “Estimulamos que ele acompanhe o pré-natal, o parto, e participe do dia a dia da companheira”.
 

Para Thereza, o sistema público está preparado para receber os adolescentes e orientálos sobre a saúde sexual de cada um. Porém, o planejamento familiar nessa época da vida ainda enfrenta resistência devido ao preconceito. “Até hoje, alguns adultos têm dificuldade de compreender que o adolescente é um indivíduo sexuado e, em seu processo de crescimento, vai descobrir e ter relações afetivas”, declara a coordenadora.
 

Educação Sexual – O governo federal iniciou, em 2003, uma série de ações de prevenção de DSTs em escola públicas. A iniciativa foi dos ministérios da Saúde e Educação. Profissionais das equipes da Saúde da Família tornaram-se parceiros dos professores da rede pública e levaram para a sala de aula conteúdos de saúde sexual e reprodutiva. Em 2008, essas atividades foram incorporadas pelo Programa Saúde na Escola (PSE).
 

Mais de 8 milhões de alunos de 54 mil escolas já foram orientados pelo PSE, que se tornou uma das ferramentas de conscientização dos estudantes do ensino médio para previnir DSTs e gravidez. O programa alcança atualmente 1.306 municípios brasileiros. Além disso, o MS começou a distribuir as Cadernetas de Saúde do Adolescente no ano passado. A cartilha contém informações sobre temas essenciais como alimentação, drogas, saúde sexual e reprodutiva e drogas. No total, foram entregues 4 milhões de cadernetas em 451 munícipios.
 

Para 2010, a previsão é que mais 5 milhões de cadernetas sejam distribuídas nos postos de saúde. O Ministério da Educação também enviará, neste ano, 6 milhões para as unidades básicas de saúde dos municípios que possuem o PSE.
Fonte:Portal do governo federal

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