DEU NA FOLHA DE S.PAULO
SERRA E DILMA EMPATAM NA BASE LULISTA

Entre os eleitores que aprovam o governo, 33% votam na petista, e 32%, no tucano

Só 58% dos eleitores sabem que Dilma é a candidata de Lula; Serra lidera com folga entre quem julga o governo regular, ruim ou péssimo

A popularidade recorde do presidente Luiz Inácio Lula da Silva se fragmenta quando se trata de eleger o seu sucessor. Embora seja de oposição, José Serra (PSDB) está empatado com Dilma Rousseff (PT) entre os eleitores que consideram o governo Lula ótimo ou bom, segundo a pesquisa Datafolha.

No levantamento realizado nos dias 25 e 26 deste mês, Dilma registra 33% de intenção de votos entre os eleitores que dão 76% de aprovação ao governo Lula. Já Serra obtém 32% dos votos nesse segmento. Ciro Gomes (PSB) recebe 11% dos votos dos eleitores que aprovam Lula, e Marina Silva (PV), 7%.

A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Esses números do Datafolha mostram que ainda está longe de se concretizar a transferência automática dos votos de Lula para sua candidata. Também fica mais nítida a estratégia de Serra, cujas declarações públicas têm sido elogiosas em relação ao atual presidente.

Outro dado relevante é o desempenho de Dilma entre os que consideram o governo Lula apenas regular (20% dos eleitores). Nesse grupo de eleitores não há empate: o Datafolha detectou uma grande vantagem de Serra, que recebe 51% das intenções de voto, contra apenas 9% da petista. Com 10% cada um, Ciro e Marina estão numericamente à frente de Dilma.

DEU NA FOLHA DE S. PAULO
SERRA ABRE 9 PONTOS SOBRE DILMA E SE ISOLA NA FRENTE
Tucano tem 36% e petista pontua 27%, diz Datafolha feito entre quinta e ontem

Governador de SP recupera 4 dos 5 pontos que perdera entre dezembro e janeiro, e ministra oscila para baixo; Ciro tem 11% e Marina, 8%

De Fernando Rodrigues:

O pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, abriu nove pontos de vantagem sobre a petista Dilma Rousseff e voltou a ser líder isolado na corrida ao Palácio do Planalto.

Pesquisa Datafolha realizada nos dias 25 e 26 deste mês mostra o tucano com 36%. A petista tem 27%. Há um mês, eles tinham 32% e 28%, respectivamente, no mesmo cenário.

Como a margem de erro da pesquisa Datafolha é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, Serra apresentou crescimento real -embora tenha retornado ao patamar de dezembro, quando tinha 37%.

Já Dilma, pela primeira vez não apresentou crescimento na sua curva de intenção de votos: a petista oscilou negativamente um ponto percentual.

No mesmo levantamento, Ciro Gomes (PSB) ficou com 11% (tinha 12% em fevereiro e 13% em dezembro). Marina Silva (PV) está estacionada e manteve os mesmos 8% obtidos em dezembro e há um mês.

Quando o Datafolha exclui Ciro da lista de candidatos, o cenário fica semelhante. Serra vai a 40% contra 30% de Dilma -a diferença entre ambos passa de nove para dez pontos, mas essa variação está dentro da margem de erro.

Sem Ciro, Marina pula para 10% e continua sem ameaçar o pelotão da frente.

As simulações de segundo turno seguiram os cenários de primeiro turno, com a recuperação de Serra. Numa hipotética disputa entre Serra e Dilma, o tucano venceria hoje com 48% contra 39% da petista -uma distância de nove pontos. Em fevereiro, os percentuais eram de 45% a 41%.

Em termos de rejeição, do ponto de vista estatístico, os quatro principais concorrentes estão empatados no limite da margem de erro, mas quem numericamente tem o pior índice é Ciro Gomes, com 26%. Colados a ele vêm José Serra (com 25%), Dilma Rousseff (23%) e Marina Silva (22%).

As curvas da pesquisa espontânea, quando o entrevistado diz em quem deseja votar sem ver uma lista de nomes, têm uma evolução discrepante do levantamento estimulado.

Diferentemente do que ocorreu na pesquisa em que o eleitor vê seu nome, em que está estabilizada, Dilma continuou sua curva ascendente no levantamento espontâneo. Tinha 8% em dezembro, passou a 10% em fevereiro e agora chegou a 12%.

Esse percentual a coloca à frente de Luiz Inácio Lula da Silva (8%), que, até dezembro, liderava com folga a pesquisa espontânea. Isso mostra que a cada pesquisa o eleitor deixa de citar o nome do atual presidente porque vai percebendo que o petista não será candidato.

Serra pontuou 8%, o mesmo percentual de dezembro. Ciro e Marina marcaram 1% cada. Houve também 3% para “candidato do Lula” e 1% para “no PT/candidato do PT”.

Pela primeira vez o Datafolha pesquisou candidatos de partidos pequenos. Por enquanto, só Mario de Oliveira (PT do B) conseguiu menções para pontuar 1%. Todos os demais estão abaixo desse patamar.

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A recuperação de José Serra na pesquisa Datafolha tem fatores principais, entre eles seu desempenho na região Sul, no eleitorado mais pobre e com o público feminino. Dilma Rousseff, que havia crescido em todas as regiões em fevereiro, agora ficou estagnada ou até oscilou negativamente em vários segmentos do eleitorado.

No Sul, que concentra 14% dos eleitores do país, Serra subiu dez pontos percentuais, de 38% para 48%. Dilma, que fez carreira política no Rio Grande do Sul, não se consolidou ainda entre os gaúchos e registrou uma queda de 24% para 20%.

Os 28 pontos percentuais de diferença no Sul são a maior dianteira de Serra sobre Dilma no aspecto geográfico das intenções de voto do Datafolha.

Entre os eleitores que ganham até dois salários mínimos (R$ 1.020), ou 52% da amostra do Datafolha, Serra subiu de 30% para 35%. Dilma oscilou de 29% para 26% -apesar de um dos principais programas do governo Lula ser o Bolsa Família, que beneficia a população de baixa renda.

Serra aumentou sua vantagem no eleitorado feminino. Em fevereiro, o tucano já liderava (33% a 24%). Agora, tem 15 pontos a mais (37% a 22%).

CRÉDITO CONSIGNADO DO INSS CRESCE 88,9% EM FEVEREIRO

Por Rosana de Cassia, Agencia Estado
O número de operações de crédito consignado realizadas por aposentados e pensionistas do INSS aumentou 88,9% em fevereiro na comparação com o mesmo mês de 2009. Segundo dados divulgados hoje pelo Ministério da Previdência, as operações somaram R$ 2,12 bilhões, um valor 114,4% acima do verificado no mesmo período do ano passado.

As operações de crédito consignado representam a soma dos empréstimos pessoais em instituições financeiras e da utilização de cartão de crédito. Do total de operações, em fevereiro, 585,4 mil foram feitas por segurados com renda de até um salário mínimo. Esses aposentados e pensionistas responderam por R$ 956,7 milhões das operações.

São Paulo foi o Estado com maior volume de operações de crédito consignado, tanto em valor quanto em quantidade, com 50,69% do volume de contratos e 54,82% do total de recursos da região. Bahia liderou no Nordeste; Pará, no Norte; Rio Grande do Sul, no Sul; e Goiás, no Centro-Oeste.

FINANCIAMENTO DE IMÓVEL COM POUPANÇA CRESCE 73% E BATE RECORDE EM FEVEREIRO

Por InfoMoney
SÃO PAULO – O volume de empréstimos para a compra de imóvel com recursos da poupança cresceu 73,3% em fevereiro, frente ao mesmo período do ano passado, para o recorde de R$ 2,99 bilhões. Este foi o melhor resultado da história do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo).

Frente a janeiro deste ano, foi registrado crescimento de 3,93% no montante contratado, uma vez que no primeiro mês do ano o volume era de R$ 2,88 bilhões. Quando a comparação é feita com o primeiro bimestre de 2009, os financiamentos com recursos da poupança também registraram alta, de 62,13%.

Unidades financiadas
Em fevereiro, 24.733 imóveis foram financiados com recursos da poupança, um volume 49,7% superior ao registrado no mesmo mês de 2009. Se comparado a janeiro, o aumento foi de 8%, já que naquele mês foram financiadas 22.894 unidades. Em 12 meses, foram 316 mil unidades adquiridas por meio de recursos da poupança.

Em relação ao resultado da poupança no período, os dados mostraram a captação líquida (depósitos menos saques) de R$ 617 milhões, com o saldo atingindo R$ 258,4 bilhões.

De acordo com a Abecip, esse cenário torna evidente que as cadernetas preservam o papel de fornecer recursos para o crédito imobiliário, sem atrair os aplicadores em fundos de investimentos.

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