Programa Bolsa Família atende a mais de 325 mil famílias em todo o Estado
Por Valdir Julião Repórter
O Rio Grande do Norte vangloria-se de ser um dos estados onde melhor se executa o Bolsa Família, o carro chefe do Programa Fome Zero do governo federal. Ainda assim e como de resto do Brasil, o programa, que é a menina dos olhos do presidente Lula, não consegue atender a todas as famílias que estão dentro do perfil de pobreza, com renda per capital mensal de até R$ 140,00. No total o PBF, tem 401.951 famílias cadastradas, mas em março deste ano, o número de beneficiadas chegou a 325.208 famílias. Em comparação com o número de famílias consideradas pobres, que chegou a 1,062 milhão em 2008 no Rio Grande do Norte, segundo o Instituto de Pesquisas Aplicadas (Ipea), o Bolsa Família atende um percentual de 32,65% nessas condições.

No entanto, nos últimos três meses o PBF tem aumentado o número de benefícios no Estado, que era de 295.844 famílias em janeiro e passou, no mês seguinte, para 321.278 e, em março, chegou a 325.208 famílias em todos os 167 municípios do Rio Grande do Norte, segundo o site do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) – www.mds.gov.br – que cadastrou 15,64 milhões de famílias no país, enquanto recebem o Bolsa Família cerca de 12,5 milhões.
O crescimento no número de beneficiados, nos três primeiros meses de 2010, foi de 10%. Em Natal, de acordo com o MDS, o número de famílias enquadradas no perfil do PBF era de 56.717, porém as famílias beneficiadas são 41.632.
 

Ao contrário de outros Ministérios, o MDS não tem delegacia no Rio Grande do Norte, onde o Programa Bolsa Família é gerido, como em outras unidades da Federação, pela Secretaria Estadual do Trabalho, Habitação e Ação Social (Sethas). “O Estado ocupa o primeiro lugar no ranking nacional, como aquele que mais acompanha famílias beneficiárias nas áreas da saúde e educação”, conta o secretário José Gercino Saraiva Maia.
 

Gercino Saraiva diz que o Bolsa Família representa um aporte de recursos financeiros no Estado da ordem de R$ 300 milhões por ano, mas, para ele, o importante são os benefícios sociais que o programa de transferência direta de renda, com as suas condicionalidades, está trazendo para as famílias pobres do Rio Grande do Norte: “O Unicef aponta uma diminuição quanto ao número de crianças vivendo em famílias pobres e, considera o RN como o segundo estado com a maior taxa de jovens com idade entre 15 e 17 anos matriculados no ensino médio”.
 

Segundo o Unicef, o percentual de jovens nessa faixa etária matriculados no segundo grau é de 28,7%, índices reforçados pelo Programa Brasil Alfabetizado, destinado a alfabetizar jovens e adultos, além do Programa Letras no Campo, que está presente em toda zona rural do Estado.
 

Gercino diz que o Unicef informa que o Estado tem a menor taxa de desnutrição entre crianças de zero a dois anos de idade. “Ficamos bem abaixo da média regional de 4,1% em 2007”, reforçou ele.
 

Em relação à mortalidade infantil, segundo Gercino, o Estado apresenta o menor índice: em cada mil nascimentos, 16,3 crianças morrem ao nascer. “Esse índice é menor, até mesmo, do que o índice nacional, equivalente a 17 crianças natimortas”.
 

O secretário também revelou que o Rio Grande do Norte está em terceiro lugar na região Nordeste no percentual de crianças com até quatro meses de idade, que receberam o leite materno como alimento exclusivo (70,8 % dos bebês) e ainda figura em terceiro lugar com o maior percentual de crianças com até um ano de idade que receberam o registro civil (83,2%).
Evolução do Bolsa Família no RN
Em 2010

Janeiro – 295.844 famílias

Fevereiro – 321.278 famílias

Março – 325.208 família

Transcrito:TN – Fonte – MDS

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