Muita gente esteve presente na manhã de hoje na Assembléia Legislativa para a solenidade em homenagem ao centenário da ex-deputada Maria do Céu Fernandes(in memorim).

A sessão solene foi proposta pelo deputado e presidente da AL Robinson Faria.

Maria do Céu foi a primeira deputada da Assembléia e a primeira mulher eleita deputada do Brasil.

No seu pronunciamento, Robinson Faria afirmou que se hoje o Brasil elege sua primeira presidenta da República “é porque antes houve mulheres como Maria do Céu”.

“Cabe salientar que essa homenagem não se limita apenas ao registro de um marco histórico. Estamos diante de um exemplo de cidadania, de coragem, de luta e de competência”, disse Robinson.

E acrescentou: “Maria do Céu Fernandes lutou muito pela democracia, pela emancipação da mulher, pela sua valorização, arriscando a própria vida por seu ideal. Sua história falava antes de si. Devemos lembrá-la como autêntica representante da força da mulher do Seridó!”.

Segundo Robinson, do chão potiguar brotam muitas dessas flores que enfeitam e perfumam a história do Rio Grande do Norte.

“São poetisas, guerreiras, santas, talentosas e fortes sim, mas através do exemplo magnânimo de várias dessas mulheres, cuja vida e obra são, por si só o mais forte discurso, o mais forte argumento, a mais brilhante homenagem às demais mulheres”, enfatizou o presidente da AL.

Robinson lembrou de outras mulheres potiguares que se destacaram na história do País.

“Maria do Céu Fernandes faz parte de um grupo seleto de mulheres potiguares, tais como a mossoroense Celina Guimarães, o primeiro voto feminino do Brasil; Alzira Soriano, a primeira prefeita do Brasil, além da educadora, escritora e poetisa potiguar Nísia Floresta”, ressaltou o parlamentar.

O ex-deputado Paulo de Tarso Fernandes, filho de Maria do Céu, esteve presente à sessão solene, juntamente com outros familiares.

No discurso de agradecimento, Paulo de Tarso relembrou a luta da mãe e contou histórias do fazer político da Maria do Céu ainda em Currais Novos, sua terra natal.

Ele fez questão de afirmar que a mãe era ousada e enfrentava as oligarquias destemidamente.

E arrematou: “Sou um filho grato na emoção da saudade. Se tiramos lições do passado, devemos buscar esperanças para o futuro”