Com despesas altas e com falta de apoio, Goianinha enfrenta dificuldades para manter hospital municipal


Por:  Robson Carvalho

O município de Goianinha, localizado na região Agreste potiguar, está enfrentando dificuldades para conseguir manter o Hospital Municipal em funcionamento. O prefeito Júnior Rocha foi o nosso entrevistado do Repórter 98, da 98 FM, na quarta-feira (29) e falou sobre o assunto. A situação do Hospital de Goianinha vem causando sérias preocupações ao gestor, e o quadro inspira cuidados. Municipalizado, o Hospital não conta com recursos conveniados e sua única fonte de recursos vem das Autorizações de Internação Hospitalar-AIH, cujo valor mensal não passa da casa dos R$ cinco mil reais, enquanto as despesas, segundo dados levantados pela Secretaria Municipal de Saúde, são da ordem de R$ 194 mil reais/mês. O quadro é grave e inspira cuidados. Júnior Rocha não vê outra alternativa, senão pedir socorro. Classificado como de Urgência e Emergência, o hospital de Goianinha realiza uma média de 130 atendimentos diários, o que significa dizer que em um mês são 3.900 atendimentos e 23.400 em seis meses, maior que a população do município que é de 22.393, segundo dados do censo 2010 realizado pelo IBGE. Todo esse fluxo, tem no entanto, explicações. 

Pacientes de cidades vizinhas como: Ares, Tibau do Sul, Canguaretama, Espírito Santo e até mesmo Santo Antonio, tem buscado atendimento no hospital, inclusive com utilização de ambulâncias do município. Outro fato que também ocorre com freqüência é a vinda do paciente em ambulância até o hospital de Goianinha e daqui segue para Natal em ambulância do município e os motivos dessa troca são sempre os mesmos: falta de combustível ou de profissional que acompanhe o doente até o seu destino final. A duplicação da BR 101, no trecho que compreende Goianinha, também contribui para onerar os custos do hospital. Nos últimos três meses, foram registrados mais de 40 acidentes de trânsito e todos foram atendidos pelas equipes de socorristas do município. A própria Polícia Rodoviária Federal, conhecedora da estrutura do município na área de saúde, que conta com duas ambulâncias semi-uti, adquiridas com recursos próprios pelo prefeito Júnior Rocha, e pessoal qualificado para situações envolvendo acidentes (todos possuem o curso de socorrista, inclusive os motoristas), liga para o hospital solicitando as ambulâncias, já que as tão sonhadas unidades da SAMU, prometidas para Goianinha pela então Governadora Vilma de Faria, até hoje não chegaram, apesar do município já ter assinado convênio e formado profissionais para o serviço. 

A permanecer essa situação, o prefeito Júnior Rocha teme que o atendimento no hospital fique comprometido, e seja obrigado a tomar medidas que visem reduzir custos para poder manter o a unidade funcionando. Se o socorro não chegar rápido, o paciente pode não resistir e isso não é bom nem para o povo, nem para o município e região.

Um Comentário

lagoa nova verdade  em 3 de janeiro de 2011

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