Rogério Marinho: “Sistema de ensino está semeando conflitos, marginalidade e pobreza”

O deputado federal Rogério Marinho, presidente estadual do PSDB, usou a tribuna da Câmara na manhã desta quinta-feira (07) para abordar o que considera “um dos maiores entraves para o alcance de um crescimento econômico robusto, sustentado e de longo prazo no Brasil”: a baixa escolaridade da população. Na opinião do tucano, o modelo errado da educação brasileira está “semeando o crescimento de conflitos, marginalidade e pobreza” no país.
Segundo o parlamentar, dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que falta mão de obra qualificada a 69% das empresas brasileiras. Além disso, para mais da metade das entidades privadas do setor industrial, a má qualidade da educação básica é uma das principais dificuldades para qualificar seus funcionários.
Para Rogério Marinho, há “uma inversão da lógica” no Brasil. “Quando o mercado parece ser forçado a se adaptar ao sistema educacional, quando o correto seria o contrário. O sistema educacional precisa ser parceiro do desenvolvimento e suprir as necessidades de formação de capital humano para o incremento do mercado”.
O deputado acredita que a falta de um sistema educacional de qualidade “está minando as possibilidades de crescimento econômico consistente, impedindo o acesso de grandes quantidades de pessoas a empregos melhores e obstruindo uma verdadeira ascensão social para os setores menos favorecidos”.
Rogério Marinho não acredita que o ensino realizado hoje no Brasil atinja o necessário para a “construção de um país livre, democrático e que permita aos mais jovens realizarem seus projetos e sonhos de vida. O modelo brasileiro de ensino está construindo uma sociedade frágil, com muitos desequilíbrios, e semeando um terreno fértil para o crescimento de conflitos, marginalidade e pobreza”.
Na opinião do tucano potiguar, as “profundas deficiências educacionais” do Brasil são as responsáveis por impedir o país de superar “as condições básicas de uma nação subdesenvolvida”.
“O ensino médio brasileiro não oferece as oportunidades diversificadas de profissionalização. Praticamente só há uma opção de ensino médio, forçando todos a se submeterem a uma lógica de formação exclusiva e redutora para o vestibular. Não há oferta consistente e abrangente de formação profissional para atender à demanda e o acesso ao ensino profissional não atinge um milhão de matrículas, 10% do total de matrículas no ensino médio. Em relação a este total de matrículas, o Governo Federal, com suas escolas técnicas, detém um pouco mais de 1% da oferta. O setor privado (em especial o sistema S) é responsável por quase 60% da oferta.”
O tucano defende uma completa reforma não só no ensino básico brasileiro, mas também mudanças no nível médio e profissionalizante. “Qualificar, diversificar e flexibilizar o ensino médio são pontos centrais de um projeto de nação. Esses devem ser também um dos principais objetivos da revisão do Plano Nacional de Educação”. O objetivo do deputado é que o aluno, ao ingressar no ensino médio, já passe a se preparar para o setor de trabalho que escolheu para seu futuro.
Na área profissional, Rogério defende um maior estímulo as parcerias entre o poder público e privado, como forma de aumentar a oferta de cursos e a qualidade dos mesmos. “O diagnóstico real dos problemas de ensino no Brasil impõe a necessidade de uma reforma educacional de todo o sistema”.
Além disso, o deputado acredita que os principais pontos de uma reforma educacional deveriam ser a reformulação dos currículos das etapas de ensino, da amenização da intromissão do Estado nos sistemas, no fortalecimento das comunidades escolares, na responsabilização dos dirigentes educacionais, incluindo gestores escolares e professores e no aprimoramento da qualidade de gestão pública.
Mais informações
Danilo Sá – assessor de comunicação do deputado federal Rogério Marinho

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