Henrique Alves do PMDB para Mantega: ‘Arranje’ dinheiro para a Saúde

Ag.Câmara

O deputado Henrique Eduardo Alves (RN), líder do PMDB, escalou a tribuna para anunciar a posição de sua bancada em relação à emenda da saúde.

Disse, em essência, que os 80 deputados do partido votarão a favor da proposta que regulamenta os investimentos na saúde pública.

“Essa Casa não tem a missão de enrolar, mas de desenrolar. Não pode mais se omitir, tem que decidir. Tem a honrossa tarefa de votar, não de deixar de votar.”

Antecipou que os deputados do PMDB votarão a favor do “destaque” do DEM que exclui da proposta a CSS, contribuição que recria a CPMF.

“Em nome do PMDB, digo: não me venham trazer propostas de uma nova CPMF ou qualquer outro tipo de imposto…”

“…Esse pais já tem carga tributária elevadíssima, não comportaria mais um novo imposto.”

Recordou que, em reunião do Conselho Político com Dilma Rousseff, ouviu da presidente que “não queria uma emenda 29, mas duas.”

Lembrou que, em tom de brincadeira, o vice Michel Temer defendeu a aprovação de uma “emenda 58, 29 mais 29.”

“A primeira parte [a regulamentação que disciplina os investimentos em saúde] nós vamos oferecer”, disse Henrique.

“A outra parte [a definição de fontes adicionais para o financiamento do setor], o Senado e a área econômica do governo saberão definir.”

Nesse ponto, o líder do PMDB citou o ministro Guido Mantega (Fazenda). Primeiro, soprou:

“Reconheço no ministro Mantega tantas qualidades! Tantos problemas esse país tem enfrentado e a área econômica, com presteza e sensibilidade, apresenta as soluções…”

Depois, mordeu: “Pois, com essa mesma presteza e sensibilidade, ministro Mantega, agora tratem de arranjar recursos para viabilizar a Emenda 29.”

Henrique Alves foi à tribuna nas pegadas de uma reunião dos líderes de partidos governistas. Nesse encontro, decidiu-se apressar o passo.

Marcada inicialmente para 28 de setembro, a votação do projeto da saúde deve ser antecipada para quarta-feira (21) da semana que vem.

No mesmo dia, a convite do presidente da Câmara Marco Maia (PT-RS), os governadores falarão aos líderes partidários.

Muitos deles descumprem a regra que obriga os Estados a destinar 15% da receita tributária à saúde.

Pressentindo que os governadores devem pedir tempo, Henrique antecipou-se. Após reunir-se com sua bancada, foi à tribuna com o propósito de criar um fato consumado.

A proposta da saúde deve ser aprovada na Câmara. E seguirá para o Senado, de onde viera há dois anos e meio, com o defeito da insuficiência de verbas.

Caberá aos senadores desatar o nó do subfinanciamento da saúde.

A julgar pelas palavras de seu líder, o PMDB, sócio majoritário do governo, acha que a saída está na Fazenda.

DEM e PSDB discutem eleições de 2012

A parceria Democratas e PSDB tão presente no Congresso Nacional poderá se estender para as eleições do próximo ano. Nesta quarta-feira (15), o presidente do DEM, José Agripino (DEM-RN), e o presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PSDB-PE), se reuniram em Brasília para discutir sobre eleições municipais do ano que vem.

 Um dos assuntos abordados foi a possível aliança entre os dois partidos em algumas das grandes cidades do país, principalmente nas capitais. A ideia de Agripino é ter o PSDB como principal parceiro no pleito do próximo ano, já que os partidos têm posições similares em questões nacionais.  “Preferencialmente faremos aliança com o PSDB, nas eleições de 2012, porque temos grande sintonia no plano nacional”, afirma José Agripino.

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