Assembleia homenageia juiz Azevedo Hamilton Cartaxo com título de cidadão norte-riograndense

“Para mim, este título é a representação de um sentimento, do relacionamento de amor que tenho com esta terra”. As palavras são do juiz cearense, Azevedo Hamilton Cartaxo, atual presidente da Associação dos Magistrados do RN (AMARN) que recebeu hoje (19) o título de cidadão norte-riograndense, durante Sessão Solene na Assembleia Legislativa. Proposta pelo deputado Gilson Moura (PV), a solenidade homenageou ainda os 57 anos da Associação. “O amor é fruto de afinidade espiritual. Se não for criada num instante, não será criada ao longo dos anos ou das gerações. O Rio Grande do Norte me acolheu desde o primeiro momento”, declarou.

Especialista em Direito Constitucional pela Escola da Magistratura do RN/UNP e formado em direito pela UFRN, o juiz nasceu em 1973, em Juazeiro do Norte (CE). Há dez anos iniciou sua carreira na magistratura, passando por diversas comarcas do interior, como Caraúbas, Parnamirim e Natal, onde está atualmente. Sua atuação em Caraúbas lhe rendeu um título de cidadão daquela cidade. “Azevedo Hamilton sempre esteve atento às novidades. Entrou para a magistratura aos 27 anos e fez toda a sua carreira jurídica aqui no RN. Na Associação realizou um trabalho incansável em busca de melhorias para os magistrados”, declarou o deputado Gilson Moura, autor da homenagem.

O parlamentar ainda falou sobre o papel da Associação de Magistrados no estado. “Nesses 57 anos, a AMARN teve e tem um papel fundamental na promoção da integração entre os juízes. É comum ouvirmos falar da morosidade do Judiciário. Mas são comentários de pessoas que não conhecem este Poder. São milhares de processos nas mesas dos magistrados e julgar a vida humana não é tarefa fácil. Quando se busca  se busca melhorias para o trabalho de um juiz, estamos lutando pelos nossos direitos. A  AMARN, ao longo dos 57 anos, teve 13 presidentes de excelente qualidade técnica e moral que construíram o nome da entidade”, afirmou Gilson.

O homenageado, Azevedo Hamilton fez um discurso emocionado, falou sobre sua infância no interior e como as experiências no sertão, já como juiz, o ajudaram a compor o profissional de Direito que é hoje em dia. “Conviver com a pobreza, a simplicidade me ajudaram muito. Aprendi que não se deve confundir pobreza com falta de dignidade. Aprendi que não é preciso falar difícil. Linguagem boa é a que comunica. Ouvi muita gente no sertão, aprendi expressões novas e compreendi a realidade digna, sofrida e alegre dos sertanejos. Só quem entende a realidade do outro pode ter sensibilidade para julgar”, disse.

O magistrado lembrou o caminho percorrido antes de ingressar no Judiciário, quando foi office boy no Banco do Brasil. “Foi lá que aprendi o valor do esforço, da pontualidade, do trabalho em equipe, da hierarquia e disciplina”, declarou. Sobre a atuação na AMARN, Azevedo afirmou que, assim como os outros 13 presidentes, cabia a ele trabalhar para o crescimento da entidade. “É preciso contribuir para algo maior que si e cujo legado ficara para a sociedade. A AMARN começou humilde e aos poucos se transformou num forte catalisador do poder institucional do Judiciário. Buscamos denunciar a corrupção, onde quer que se encontre. Buscamos transparência e moralidade”, disse.

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