Garibaldi sonha ver o filho Walter Alves governador

Foto:Divulgação

O ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho, está feliz com a aprovação, na Câmara dos Deputados, esta semana, do projeto de lei que cria o Fundo de Previdência Complementar do Serviço Público Federal (Funpresp). O texto, que agora está no Senado e deve ser votado em 45 dias, após passar concomitantemente pelas comissões de Assuntos Sociais, de Assuntos Econômicos e de Constituição e Justiça, promove reforma significativa no sistema previdenciário, permitindo que, em 40 anos, o déficit da Previdência, hoje na casa dos R$ 100 bilhões, seja zerado. Trata-se de um feito e tanto para quem assumiu a pasta afirmando tratar-se de um “abacaxi”. Hoje, o ministro se mostra empolgado com o trabalho no ministério e diz que, “se Dilma permitir”, sua intenção “é permanecer no Ministério”. No cenário da sucessão em Natal, Garibaldi reitera a candidatura do deputado estadual Hermano Morais (PMDB) a prefeito de Natal “em qualquer situação” e fala sobre outros assuntos, como o impacto da aceitação, pela Justiça, da denúncia da Operação Sinal Fechado, que inclui a ex-governadora Wilma de Faria, pré-candidato do PSB a prefeita de Natal, como ré. “Isso não quer dizer que ela possa continuar candidata e ter um desempenho melhor que o de hoje”, afirma. Ex-prefeito de Natal, governador do Estado duas vezes, senador no terceiro mandato, ex-presidente do Congresso Nacional, o hoje ministro de Estado também revela, nesta entrevista exclusiva ao Jornal de Hoje, seu maior sonho: ver o filho e herdeiro político, o deputado estadual Walter Alves (PMDB), governador do Rio Grande do Norte. Leia a entrevista.

Jornal de Hoje – A Câmara aprovou esta semana o novo fundo previdenciário. A matéria já se encontra no Senado. Deverá haver alterações no texto?
Garibaldi Filho – 
Acredito que não. Porque, para que ocorresse alguma alteração, teria que voltar para a Câmara. E a essa altura, voltar para a Câmara, só voltaria em função de uma alteração muito significativa que viesse modificar muito o caráter do fundo. E o fundo já foi objeto de um debate exaustivo. Por outro lado, nós fomos ao Senado, ao presidente Sarney, que reuniu alguns líderes, porque queríamos que o Senado pudesse acompanhar desde logo a tramitação na Câmara, para evitar qualquer mudança que viesse trazer o projeto de volta.

JH – E a expectativa em relação a prazo?
GF –
 Vai receber regime de urgência de 45 dias. Dentro deste prazo esperamos que seja aprovado.

JH – Qual a importância desse projeto dentro do contexto da Previdência?
GF –
 Primeiro é não atingir o direito adquirido. Quer dizer, aqueles que estão hoje sob esse regime continuarão a ter o mesmo regime. E o que é certo é que era preciso ser feito. Se nós não fizéssemos agora, eu diria a vocês que nós seríamos a Europa (em crise financeira) de hoje, porque aquele “Estado de bem estar social”, que o Velho Mundo criou – uma série de muitos direitos – terminou ruindo. Se você não faz (reformas) com uma preocupação de dar uma contribuição adequada, isto pode ruir.

JH – Falando agora sobre política, o PMDB está entrando em choque com o PT no cenário nacional com essa história de manifesto. Isso aí não preocupa o senhor, já que é um ministro do PMDB?
GF – 
As informações que eu disponho são escassas. Até porque eu não estava cuidando do PMDB e sim do Funpresp. O que eu sei é que existe um manifesto que desconheço o teor, assinado por parlamentares do PMDB, solicitando uma maior atenção do governo para determinadas reivindicações. Confesso – e não é escapismo – que não conheço. A essa altura, ou eu assobio, como a gente gosta de dizer, ou eu chupo cana. Ou eu cuidava do Funpresp… E não cabe a mim cuidar do PMDB. Vocês podem até dizer que tem uma pessoa muito próxima a mim que até conhece o que está havendo (Henrique Alves). Mas eu confesso que não sei. Nos últimos tempos eu só procurei Henrique para saber do Funpresp. É tanto que a votação do Funpresp não reflete nenhuma insatisfação da bancada, porque apenas quatro deputados votaram contra o Funpresp. Foi a bancada que recebeu o maior número de votos favoráveis. Leia na íntegra a entrevista na coluna do Túlio Lemos – JH: http://tuliolemos.com.br/noticia/1441/

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