Agripino sobre Mais Médicos: “Não é quebrando o termômetro que se cura a febre”

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Foto: Mariana Di Pietro

No dia em que o Congresso Nacional retoma as atividades após o recesso de julho, o líder do Democratas no Senado, José Agripino, disse que os sucessivos recuos do governo federal ao programa Mais Médicos é uma mostra clara de que o Executivo age com um misto de demagogia e atitude impensada. Em aparte ao senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), nesta quinta-feira (1º), o parlamentar potiguar afirmou ainda que não se resolve o problema de saúde pública do Brasil com medidas superficiais, e sim com mais investimento no setor.

“Não é quebrando o termômetro que se cura a febre. O que se está querendo, ao exigir a permanência de dois anos do médico no Sistema Único de Saúde como se fosse parte do currículo, é formar uma geração de médicos práticos, não de especialistas”, ressaltou o parlamentar referindo-se à decisão do governo federal de manter obrigatória residência no SUS pelo período de dois anos. “O que é a residência? É um momento em que o médico faz sua especialização para o aprimoramento da profissão”, acrescentou.

Depois da pressão de universidades federais, especialistas e entidades médicas, o governo federal voltou atrás e desistiu de aumentar de seis para oito anos a conclusão do curso de medicina no Brasil. Já a manutenção da residência obrigatória é também duramente criticada por representantes do setor. Os profissionais apontam como risco a falta de supervisão em serviços de emergência e nos postos de saúde do SUS, comprometendo o atendimento aos pacientes e a formação de profissionais.

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