Assembleia retoma os trabalhos com debate sobre segurança pública

No primeiro dia de atividades legislativas, os deputados debateram os problemas gerados pela falta de segurança e cobraram providências urgentes aos representantes do Governo do Estado. A deputada Márcia Maia (PSB) abriu a discussão lembrando a decisão judicial que bloqueou os recursos da Administração destinados a propagandas institucionais e afirmou que diante da crise no Estado, gastar dinheiro com publicidade não faz sentido. “Não dá para entender o motivo das propagandas sabendo que a saúde, educação, segurança não funcionam”, declarou a deputada.

Na ocasião, Márcia Maia disse que falta priorização por parte do Governo do Estado para o setor de segurança pública. “O RN era visto como um lugar calmo e muitos turistas se tornaram potiguares por adoção. Hoje essas pessoas querem deixar o Estado porque estão assustados. A violência vem aumentando a cada dia. Num fim de semana foram registrados 15 homicídios, os assaltos só têm aumentado. Não tem como fazer publicidade nessa situação. As pessoas estão morrendo”, afirmou.

Em resposta às declarações de Márcia Maia, o líder do Governo na Assembleia, o deputado Getúlio Rêgo (DEM) afirmou que as dificuldades na segurança não são exclusividade do RN. “Na Paraíba e no Ceará, Estados governados pelo PSB, a crise na segurança está nos mesmos parâmetros do RN. Lembro que no Governo de Wilma de Faria a violência era algo brutal. Ninguém podia circular nas estradas à noite. Claro que dizer que a segurança está bem seria hipocrisia, mas faltam recursos para investir no setor. Com relação aos convocados da PM, lembro que todos foram aprovados no governo de Wilma. Por que não foram nomeados, então?”, questionou Getúlio.

Márcia Maia informou que o Estado de Pernambuco, que também é governado pelo PSB, registrou uma redução nos índices de violência. “A governadora disse, no início do ano em sua mensagem governamental, que este ano era para fazer colheitas. Mas parece que o quadro mudou”, declarou. Outros deputados entraram no debate sobre segurança, entre eles Kelps Lima (PR), Fernando Mineiro (PT), George Soares (PR) e Walter Alves.

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