Rebanho da EMPARN, criado no semiárido, conquista os melhores prêmios da Festa do Boi

pardo RN

Para muitos dos incrédulos técnicos e produtores que insistem em dizer que a raça Pardo-Suíça leiteira não é adaptada ao semiárido nordestino, os resultados obtidos pelo rebanho da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN) dessa raça na Festa do Boi 2013, tornam-se uma façanha difícil de explicar. Segundo o pesquisador Guilherme Ferreira da Costa Lima, essa é uma amostra da importância desses animais, justificando os investimentos da EMPARN em pesquisa durante os últimos trinta anos.

O rebanho da Empresa é manejado na Estação Experimental de Cruzeta, uma das regiões mais adversas do Estado, além de enfrentar nos últimos dois anos a pior seca dos últimos 50 anos. Nessas condições e usando como volumosos feno de Buffel passado, silagem de restolho de sorgo e bebendo água de má qualidade, transportada em caminhões pipa, o time da EMPARN obteve o melhor resultado de pista de todos os tempos, na 51ª Festa do Boi, que se realiza no Parque de Exposições Aristófanes Fernandes, em Parnamirim/RN.

Concorrendo numa pista disputadíssima com 120 animais de vários selecionadores, o rebanho da Empresa obteve as premiações de Melhor Expositor e Melhor Criador e, também, de Melhor Expositor e Melhor Criador de Gado Jovem. Entre as premiações individuais, os animais da EMPARN obtiveram os seguintes títulos: Grande Campeã e Reservada Grande Campeã Bezerra, Grande Campeã e Reservada Grande Campeã Novilha, Grande Campeã Vaca Jovem e Grande Campeã Vaca Adulta.

O Juiz americano Larry Tande, com experiência em mais de 500 julgamentos pelo mundo, rasgou elogios à qualidade do rebanho sertanejo, não só em termos produtivos, mas principalmente em caracterização racial. Para os que conhecem a raça, sua rusticidade, produtividade e docilidade, nunca a expressão “tirar leite de pedra” foi tão apropriada e merecida.

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