Dilma e vice-presidente dos EUA se encontrarão em Natal na Copa

FLÁVIA BARBOSA  – O GLOBO

Em visita ao Brasil, o vice-presidente dos EUA, Joe Biden, é recebido pela presidente Dilma Rousseff no Palácio do PlanaltoFoto: André Coelho / O Globo 31-05-2013

Em visita ao Brasil, o vice-presidente dos EUA, Joe Biden, é recebido pela presidente Dilma Rousseff no Palácio do PlanaltoFoto: André Coelho / O Globo 31-05-2013

WASHINGTON – A presidente Dilma Rousseff e o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, vão se reunir em 17 de junho, dia seguinte da estreia da seleção americana de futebol na Copa do Mundo. O encontro, já acertado entre as chancelarias, segundo informação obtida pelo GLOBO, ocorrerá em Natal, palco do jogo entre EUA e Gana, ao qual Biden assistirá. A presidente já estaria no Nordeste, para a partida entre Brasil e México no Castelão de Fortaleza.

A reunião começou a ser costurada na posse da presidente do Chile, Michele Bachelet, em março, quando Dilma e Biden tiveram um encontro descrito como muito afetuoso. Ambos sentaram à mesma mesa na recepção oficial.

No clima descontraído, o americano teria perguntado à brasileira se ela não gostava mais dele – Biden esteve no Brasil em maio do ano passado e foi ao Palácio do Planalto. A presidente respondeu o convidando para assistir ao Mundial no Brasil. Biden disse que iria. A diplomacia americana viu a atitude de Dilma como um gesto informal de reaproximação. A decisão de marcar a reunião foi dos EUA.

O encontro representará a retomada do diálogo de alto nível entre os dois principais países das Américas, interrompido em agosto do ano passado após a revelação de que Dilma foi espionada pela Agência Nacional de Segurança (NSA). Documentos sigilosos confirmando o grampo foram vazados pelo ex-técnico da CIA Edward Snowden e publicados com exclusividade no Brasil pelo GLOBO.

Após o episódio, do qual fizeram parte ainda suspeitas de monitoramento ilegal das atividades da Petrobras e de diversas nações latino-americanas, Dilma cancelou a visita de Estado que faria aos EUA em outubro. Na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em setembro, a presidente discursou condenando o governo de Barack Obama e pedindo regras globais para coibir a espionagem indiscriminada.

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