Mais de 2 mil convidados participam da posse dos deputados

Cada deputado pôde trazer quatro convidados. A organização contou com dezenas de servidores e cerca de 100 policiais legislativos.

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Mais de dois mil convidados participaram da posse dos deputados federais. A organização contou com dezenas de servidores e cerca de 100 policiais legislativos. Diferentemente de outras posses, desta vez, uma série de barreiras foram instaladas por toda a Câmara, para direcionar o acesso a cada um dos nove tipos de credenciais criados especialmente para a ocasião.

Cada deputado pôde trazer quatro convidados, dois para assistir a cerimônia num telão no Salão Negro e dois que deram acesso a telões no auditório Nereu Ramos ou em uma das 16 salas de comissões que ficaram abertas aos convidados. Outros dois adesivos de hologramas foram usados por autoridades e convidados de parlamentares que tiveram acessos especiais ao plenário e às galerias. Como explica o servidor da Câmara, David Miranda, por determinação do Corpo de Bombeiros, as galerias tiveram apenas 200 lugares ocupados:

“Tem capacidade para acomodar confortavelmente 400 pessoas, mas não tem capacidade de retirar essas pessoas em caso de pânico, por isso que foi limitado a 200 pessoas.”

Alguns familiares de deputados tiveram dificuldades, como Ylídia Mansur, esposa do deputado Beto Mansur, do PRB de São Paulo:

“É que a gente tem que trocar o convite pra ter acesso a galeria por um bottom específico. É meio tumultuado porque às vezes a pessoa pensa que, com o convite, ela já tem acesso, e não tem. Tem que trocar aqui com a credencialzinha pra poder entrar.”

Segundo David Miranda, esse tipo de episódio foi comum:

“Algumas pessoas chegam, não entendem por que ela é familiar, ela é irmã do deputado que está tomando posse, é filha do deputado e não pode ter acesso ao Plenário, não pode ter acesso a área do evento, né? A vontade é de que todos os familiares, todos os amigos correligionários tivessem todo acesso amplo para comemorar com o deputado esse momento importante, mas a capacidade da Casa não permite, então a gente teve que fazer essa limitação.”

No Salão Verde, um cordão de isolamento separou jornalistas e convidados de autoridades e deputados. O deputado Sérgio Reis, do PRB de São Paulo, comentou a sua impressão sobre o novo cargo.

“Agora eu sou um deputado. Até estranho a turma: ‘deputado, como vai?’, ‘pô, todo mundo me chama de Serjão, pode me chamar de Serjão’. Não. É deputado. Então tá bom. Estou importante, aqui, ó. Posso entrar onde eu quiser.”

O deputado Pompeu de Matos, do PDT do Rio Grande do Sul, veio a caráter, com roupa típica do Pampa Gaúcho. Ou seja, sem paletó e gravata, como manda o regimento. No passado, ele chegou a passar dificuldades por isso.

“Olha, na verdade, no meu primeiro mandato eu já vim assim, aí eu não fui compreendido. Insistiram, persistiram, me botaram pra fora e eu voltei pra dentro. Teimei. Então vim de novo, de bota, bombacha, guaiaca, lenço, até porque isso, pra mim, é consenso. E é vestido desse jeito que em Brasília, de novo, vou abrir o peito pra dizer tudo o que eu penso.”

Desta vez, o deputado Pompeu de Matos, do PDT do Rio Grande do Sul, pôde entrar no Plenário e tomar posse sem problemas.

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