Relator da nova lei do esporte, Rogério confirma desproporção na distribuição de recursos para clubes de futebol

Comissão Reformulação do Esporte 2 (1)

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Relator da comissão especial que analisa a reformulação da legislação do esporte na Câmara, o deputado federal Rogério Marinho (PSDB-RN), afirmou que o futebol não está subfinanciado no Brasil. Para ele, o que ainda persiste é uma desproporção entre o que os clubes recebem, principalmente na série B, onde a diferença chega a ser 12 vezes maior.

A distribuição desigual dos recursos provenientes de transmissão e direitos de imagem dos campeonatos de futebol para a televisão foram debatidas pela comissão. O debate, que reuniu representantes de clubes, emissoras e da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), foi solicitado pelo próprio relator do colegiado, deputado Rogério Marinho.

“A nossa expectativa é ter o cuidado de não sermos intervencionistas em excesso, porque não nos cabe nos imiscuir numa relação entre entes privados, como os clubes de futebol e as emissoras de televisão, mas nos cabe fazer o equilíbrio do processo. Se há distorção, isso precisa ser dirimido.”

Rogério Marinho afirma que seu relatório deve ser apresentado após o recesso do final do ano. A comissão foi criada para apresentar propostas de reformulação da legislação do esporte, principalmente a Lei Pelé (Lei 9.615/98) e do Estatuto de Defesa do Torcedor (Lei 10.671/03).

No Campeonato Brasileiro, os direitos de transmissão da série A são negociados entre as emissoras e os clubes. Flamengo e Corinthians, recebem, cada um, 10% dos direitos de TV. O Figueirense é o que recebe menos, 2%. No Brasil, a diferença entre o clube que recebe mais recursos e o que recebe menos é de cinco vezes, enquanto na Espanha a diferença chega a 12 vezes e na Itália, a sete vezes.

Fonte: Agência Câmara

Fotos: Alexssandro Loyola

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