Testes da vacina do zika começam em um ano

Droga será desenvolvida pela Universidade do Texas (EUA) em parceria com o Instituto Evandro Chagas, ligado ao ministério da Saúde. Investimento será de US$ 1.9 milhão

Gabriel Pontes

Os testes da vacina contra o zika vírus devem começar dentro de um ano, segundo previsão do ministro da Saúde, Marcelo Castro. Para a população, caso os testes corram dentro do previsto, a vacina deve chegar em três anos. A pesquisa está sendo realizada pela Universidade do Texas Medical Branch, dos Estados Unidos, em parceria com o governo brasileiro. A união investirá no projeto US$ 1,9 milhão.

Os primeiros ensaios serão os laboratoriais, seguidos pelos testes clínicos em animais e humanos. “Em Galveston, na cidade do Texas, serão realizados testes em camundongos e, em Belém (PA), em macacos. Essa testagem simultânea dará maior celeridade ao processo, possibilitando que, já no segundo ano, possam ser iniciados os ensaios clínicos”, explicou o pesquisador  Pedro Vasconcelos, do Instituto Evandro Chagas, órgão ligado ao ministério da Saúde.

Além da vacina, o ministro anunciou também uma série de iniciativas acadêmicas e parcerias internacionais para combater o vírus zika e diminuir o número de casos de microcefalia no Brasil. Os investimentos fazem parte do Plano Nacional de Enfrentamento ao Aedes e à Microcefalia que está sendo executado pelo governo federal. O plano é dividido em três eixos de ação: Mobilização e Combate ao Mosquito, Atendimento às Pessoas e Desenvolvimento Tecnológico, Educação e Pesquisa.

Já nos dias 23 e 24 deste mês, a diretora-geral da Organização Mundial da Saúde, Margareth Chan estará no Brasil. Em 25 e 26, representantes do Departamento de Saúde norte-americano, do Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, do National Institutes of Health (NIH) e do Food and Drugs Administration (FDA) também virão ao país. A FDA é uma agência similar à Anvisa e vai agilizar os procedimentos burocráticos.

Dia Nacional

No próximo sábado (13) o governo brasileiro promoverá o dia nacional de mobilização contra o mosquito. Serão cerca de 220 mil militares das forças armadas na luta contra o Aedes Aegypt. Eles trabalharão principalmente nos 356 municípios mais afetados pelo zika vírus.

O objetivo da ação é visitar três milhões de residências para orientar os cidadãos sobre a importância de evitar a proliferação do mosquito. No dia 1˚ de fevereiro a Organização das Nações Unidas (ONU) decretou estado de emergência em saúde pública internacional devido aos casos de microcefalia em bebês causados pelo zika.

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Fonte:Congresso em Foco

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