Áudios complicam Dilma e Lula. Acompanhe
A divulgação de conversas do ex-presidente com aliados, incluindo a presidente Dilma, agrava a crise política
A Operação Lava Jato interceptou uma ligação telefônica entre a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A divulgação foi feita nesta quarta-feira (16) após despacho do juiz Sérgio Moro, que decidiu retirar o sigilo do processo. O caso agrava a crise política no Brasil.
As conversas gravadas pela Polícia Federal incluem diálogo desta quarta com a presidente Dilma e Lula, logo após o ex-presidente ser nomeado ministro da Casa Civil. Na interceptação, a presidente disse que enviaria o “termo de posse” para o líder petista por meio de uma pessoa identificada como Bessias, que provavelmente deve ser o segurança pessoal do ex-presidente.
Manifestantes contrários à nomeação de Lula ministro protestam em frente ao Palácio do Planalto nesta quarta-feira à noite. De acordo com informações do G1, mais de 2 mil pessoas estão no local.
Acompanhe:
20h – A Associação dos Delegados da Polícia Federal quer aproveitar a interceptação telefônica em que Lula cobra “papel de homem” do novo ministro da Justiça, Eugênio Aragão, para pedir agilidade na aprovação do projeto que dá autonomia à PF. Informações na colunaEXPRESSO.
19h58 – Num dos grampos da Polícia Federal, o ex-presidente Lula fala com Vagner Freitas de Moraes, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT). De acordo com a coluna EXPRESSO, o tom inflamado da conversa é um indicativo de que, mesmo com os movimentos sociais que sempre o apoiaram, o clima está tenso. Leia aqui.
19h53 – Após a divulgação de áudios da Operação Lava Jato, parlamentares da oposição iniciaram um protesto no plenário da Câmara. Os parlamentares interromperam os debates sobre uma Medida Provisória do Minha Casa, Minha Vida aos gritos de “renuncia Dilma”. O protesto forçou o 1º secretário da Mesa, deputado Beto Mansur (PRB-SP), a encerrar a sessão.