Em mensagem de áudio, Temer defende governo de “salvação nacional”
Em Brasília
vice-presidente da República, Michel Temer, disse que, “aconteça o que acontecer”, é preciso se construir um governo de “salvação nacional” e alertou que haverá “sacrifícios” para retomar o crescimento.
“Aconteça o que acontecer no futuro, é preciso um governo de salvação nacional e, portanto, de união nacional. É preciso que se reúna todos os partidos políticos e todos os partidos políticos estejam dispostos à colaboração para tirar o país da crise”, afirmou Temer no áudio ao qual a reportagem teve acesso.
Temer diz no áudio que, “sem essa unidade nacional, penso que será difícil tirar o país da crise em que nos encontramos”.

Dida Sampaio/Estadão Conteúdo
O atual vice-presidente da República diz, como “substituto constitucional da presidente da República”, que o país terá que se submeter a sacrifícios. “Vamos ter muitos sacrifícios pela frente. Sem sacrifícios, não conseguiremos avançar para retomar o crescimento e o desenvolvimento que pautaram a atividade do nosso país nos últimos tempos antes desta última gestão”, afirmou Temer, que também é presidente nacional licenciado do PMDB.
Michel Temer afirma no áudio que, assumindo a Presidência, manterá programas sociais como Bolsa Família, Pronatec e Fies. “Sei que dizem de vez em quando que, se outrem assumir, vamos acabar com Bolsa Família, vamos acabar com Pronatec, vamos acabar com Fies. Isso é falso. É mentiroso e fruto dessa política mais rasteira que tomou conta do país. Portanto, neste particular, quero dizer que nós deveremos manter estes programas e até, se possível, revalorizá-los e ampliá-los”, afirmou.
O vice-presidente diz também que terá a retomada dos empregos. “Para que haja emprego, é preciso que haja uma conjugação dos empregadores com os trabalhadores. Você só tem emprego se a indústria, o comércio, as atividades de serviço todas estiverem caminhando bem. A partir daí que você tem emprego e pode retomar o emprego”, afirmou.
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Empregadores de um lado, trabalhadores de outro lado. Estes setores produtivos é que, aliançados, vão fazer a prosperidade do Estado brasileiro. Estado brasileiro tem que cuidar de segurança, saúde, educação, enfim, de alguns temas fundamentais que não podem sair da órbita pública. Mas, no mais, tem que ser entregue à iniciativa privada”, afirmou.
Envio “acidental”
A assessoria do vice-presidente da República informou na tarde desta segunda-feira, que o áudio foi enviado de forma “acidental”, mas não informou qual o contexto da gravação do áudio. Já a assessoria da Presidência ainda não se pronunciou.