Em pronunciamento, Dilma se diz ‘injustiçada’ com aprovação do processo de impeachment

Presidente Dilma Rousseff  (foto: Gustavo Lima / Câmara dos Deputados)

Do Estado de Minas:

A presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou que se sente “injustiçada” e indignada” com a aceitação da admissibilidade do impeachment dela, aprovado nesse domingo pela Câmara dos Deputados por 367 votos favoráveis. Segundo Dilma, os atos chamados de “pedaladas fiscais” foram feitos com base em “cadeia de medidas de adotados por outros presidentes”. A petista afirma que, diferentemente do que foi feito com os outros, contra ela o tratamento foi diferenciado. “Eu assisti ao longo da noite de ontem todas as intervenções e não vi uma discussão sobre o crime de responsabilidade, que é a única maneira de se julgar um presidente da República no Brasil, como a Constituição assim o prevê”, afirmou.

Ainda segundo a presidente, outro fato que a deixa indignada é que ela não teve a tranquilidade para governar. De acordo com Dilma, a oposição agiu com a máxima de que as falhas do governo seriam boas para o governo. “Contra mim praticaram a sistemática, ou tática, como preferirem, do quanto pior melhor. Pior para o governo, melhor para a oposição”, destacou. Dilma lembrou que vários projetos foram apresentados para aumentar os gastos do governo e os que pretendiam algum tipo de contingenciamento sofriam resistência para dificultar.

Dilma destacou que o processo aprovado contra ela na Câmara trata-se de golpe contra a democracia e que, assim como fez na juventude, quando lutou contra a ditadura e chegou a ser presa e torturada, não vai desistir. “Enfrentei a ditadura por convicção e hoje faço o mesmo. Um golpe de estado que não é igual ao da minha juventude, mas da minha maturidade(…) Vivemos tempos muito difíceis. O mundo e a história nos observam. Tenho ânimo, força e coragem suficiente para enfrentar essa injustiça”, declarou.

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