“Movimentos pelegos querem impor pensamento único na sociedade”, denuncia Rogério em debate na Câmara

A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados realizou nesta terça-feira (31) um Seminário sobre a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que estabelecerá um currículo único para o sistema de ensino brasileiro. O evento foi proposto pelo deputado federal Rogério Marinho (PSDB), que também comandou duas mesas de debate durante o dia, sobre o ensino fundamental e a presença das ciências sociais no BNCC.
Em seu discurso inicial, na abertura do evento, o tucano relatou uma série de falhas identificadas nas duas propostas da Base apresentadas até agora pelo Ministério da Educação (MEC) e fez duras críticas aos “movimentos pelegos que querem impor um pensamento único na sociedade, o que não representa a todos os brasileiros”.
“A Base tem vício de origem, foi elaborada por técnicos que praticam a doutrinação. O primeiro documento do BNCC foi um frankenstein pedagógico, chegou-se a abrir mão da gramática em português, sob a alegação doutrinária burra de que a língua portuguesa falada de maneira correta seria forma de dominação das elites sobre o povo. É para rir”, disse Rogério.
O tucano destacou ainda que, segundo a Constituição, não é permitido criar um currículo comum no ensino médio e infantil, o que geraria desde já um “vício legal” para a implantação do BNCC. Rogério ainda enfatizou que as escolas públicas do país não estariam cumprindo o que determina a Constituição, que estabelece a oferta, de forma facultativa, do ensino religioso na educação fundamental.
Ao defender que a BNCC seja aprovada pelo Congresso Nacional antes de ser posta em prática no país, o deputado questionou os motivos para a Base ser definida por movimentos sociais. “Quais movimentos? Os movimentos pelegos que foram até pouco tempo apaniguados pelo governo federal? Que são depositários de recursos públicos? Que não representam a população brasileira? Movimentos pelegos sim, porque recebem recursos do governo federal, se transformaram em puxadinhos do governo federal. E são detentores de lógica marxista e leninista que deveria ter sido varrida ao lixo da história. Ilegal, inconstitucional e imoral. Quer impingir a sociedade brasileira um pensamento que não representa a sociedade. Um conteúdo pedagogicamente sofrível, maneta, vesgo, descabido. Aqui sim a Base deverá ser discutida”, disse.
Diante dos protestos de sindicalistas presentes no debate, Rogério reagiu. “O interesse da sociedade não está representado por vocês, está representado por mães de família que veem os seus filhos submetidos a educação de péssima qualidade, essa é a verdade e vocês não vão me calar. Estou a disposição de qualquer universidade ou sindicato que queira discutir, sem palavras de ordem, sem atitudes fascistas que queiram calar as pessoas. As viúvas dos recursos públicos que eram colocados em movimentos pelegos vão chorar muito, mas o povo brasileiro vai virar essa página negra da nossa história. As palavras de ordem não vão me calar porque elas emburrecem, são repetidas como mantra, como fazia a propaganda nazista de repetir o mantra até exaustão, para colocar na cabeça dos brasileiros uma mentira. Vou defender até o final que a Base seja aprovada na Câmara”, finalizou.
Assista ao discurso completo nos links https://youtu.be/zh_eR6E_r00 e https://youtu.be/SZHZjvlag0Y. Você também pode conferir como foi o debate no www.facebook.com/rogeriosmarinho.

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