Renúncia: vinha coisa mais feia contra Alves

Palácio do Planalto    Foto: Agência Brasil

Do  Blog do Kennedy

O pedido de demissão de Henrique Alves do Ministério do Turismo faz parte de uma tentativa de blindagem do presidente interino, Michel Temer. Henrique Alves é amigo de Temer. Era um ministro próximo, que voltou ao Ministério do Turismo contrariando conselhos de que poderia ser atingido pela Lava Jato.

A delação de Sérgio Machado não teve peso na queda de Henrique Alves, o terceiro ministro de Temer que perde o posto. Já haviam surgido revelações de Machado ruins para o peemedebista, que balançou mas ficou.

Como virão novas acusações que trarão instabilidade para o governo, Alves se antecipou para tentar minimizar mais problemas para ele e Temer. Nos bastidores, há rumores de que essas novas delações, como de Fábio Cleto, ex-vice-presidente da Caixa Econômica Federal, também poderão atingir mais ministros. Portanto, o governo continua sob ameaça de instabilidade política.

O desafio de Temer é tentar evitar que isso paralise votações na Câmara. Ontem, falava-se no governo em procurar o presidente do Senado, Renan Calheiros, e o grupo de parlamentares que está tutelando o presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão, e reforçar o plano de votação de medidas econômicas.

Apesar da tormenta que futuras delações provocarão sobre a classe política e o governo, a intenção de Temer é não deixar o Congresso parar de apreciar medidas econômicas, como a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que cria um teto para as despesas públicas. A delação de Machado tenderá a ser fichinha perto das revelações de executivos da Odebrecht e da OAS.

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