Divulgação de dados sobre coronavírus é considerada ruim no RN, aponta estudo

RN obteve apenas 29 dos 100 pontos disponíveis no levantamento da transparência – Reprodução / Getty images

Levantamento realizado pela Open Knowledge Brasil, organização que atua na área de transparência, mostra a ausência de dados sobre testes laboratoriais e sobre a quantidade de leitos disponíveis para casos de graves de Covid-19 no Estado

Agora – RN – Redação

Rio Grande do Norte tem transparência avaliada como ruim para a divulgação de dados relacionados com a pandemia da Covid-19, segundo levantamento realizado pela Open Knowledge Brasil (OKBR), organização que atua na área de transparência e abertura de dados públicos. Segundo a organização, o governo estadual não publica dados que permitam acompanhar em detalhes a disseminação do novo coronavírus.

O Rio Grande do Norte registrou seu primeiro caso em 13 de março. De acordo com o estudo, a transparência dos entes federativos foi avaliada a partir de uma escala de 0 a 100 pontos. Desta forma, o Rio Grande do Norte obteve apenas 29 dos pontos disponíveis.

O Estado recebeu nota “zero” nos quesitos relacionados com a Quantidade de leitos ocupados no estado em relação ao total disponível, da quantidade de testes de que o estado dispõe e de quantidades análises laboratoriais feitas. Na liderança da pesquisa está Pernambuco, local considerado com um nível alto de transparência (com 81 pontos de um total de 100, pelos critérios da avaliação).

Em seguida, Ceará (69) e Rio de Janeiro (64) também apresentam bom nível de informações Segundo a OKBR, chama a atenção a ausência de informações sobre testes disponíveis nos estados: na data de coleta das informações, apenas um dos 28 entes avaliados informava esse dado. Outro dado ausente é a taxa de ocupação de leitos: nenhum estado conta quantos leitos (sobretudo de UTIs) estão ocupados.

“Como o Ministério da Saúde publica dados muito agregados e os estados não observam os mesmos parâmetros de publicação, há muita variação entre os estados. Isso pode prejudicar a comparação e difi cultar o planejamento a infraestrutura de saúde necessária para lidar com a crise”, diz Fernanda Campagnucci, diretora-executiva da OKBR.

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