Cinco estados têm mais 90% dos leitos de UTI ocupados

Enquanto governadores e prefeitos anunciam medidas de abertura da economia e flexibilização do isolamento social, cinco estados têm um nível de ocupação acima de 90% dos leitos de terapia intensiva para o tratamento de Covid-19.

Amapá, Pernambuco, Acre, Rio Grande do Norte e Maranhão enfrentam o cenário mais crítico. O Rio de Janeiro, que tem uma ocupação de 86%, ainda acumula fila de pacientes aguardando por vagas em UTIs (unidades de terapia intensiva).

Estados no Norte do país com parca estrutura hospitalar estão entre os que registram ocupação mais alta. O Amapá, por exemplo, já registrou 237 mortes pela Covid-19 e tem 99% dos leitos de UTI ocupados.

No Nordeste, Maranhão e Rio Grande do Norte têm ocupação ascendente dos leitos para pacientes graves.

No Rio Grande do Norte, a taxa de ocupação aumentou de 86% para 91% em uma semana. Em Natal, não há vagas disponíveis em hospitais públicos e há dificuldades para expandir a rede de atendimento. Ao menos 34 leitos de UTI foram bloqueados por falta de equipamentos e de profissionais.

Houve aumento na ocupação de leitos no Maranhão, que chegou à taxa de ocupação de 90% das UTIs. O estado, que encerrou o bloqueio total em cidades da Grande São Luís, também iniciou um movimento de reabertura gradual da atividade econômica.

Pernambuco, que está com os leitos para pacientes graves lotados, registrou pela segunda semana seguida uma diminuição na fila por uma vaga de UTI para pacientes com síndrome respiratória aguda grave.

Na segunda-feira (1), 78 pessoas, incluindo 6 crianças, esperavam por um leito de UTI na rede pública de Pernambuco. Há uma semana, eram 189 pacientes e, no início de maio, 256.

O estado, que anunciou a reabertura gradual a partir da próxima segunda-feira (8), é o quinto em número de mortes em decorrência do novo coronavírus. Até esta quarta-feira (3), havia 3.013 óbitos e 36.463 casos confirmados.

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