Brasil perdeu uma França de florestas para pastos desde 1985

Com 89 milhões de cabeças de gado, só a Amazônia abriga hoje 42% do rebanho brasileiro – Frank Grün (via Pexels) …

Após avanço “predatório” da pecuária, especialistas dizem ser possível zerar desmatamento sem perdas econômicas 

DEUTSCHE WELLE – Poder 360

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A Amazônia está virando pasto. É o que números mostram: quase 42% do rebanho brasileiro está nos Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e Maranhão, que formam a chamada Amazônia Legal. Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), são 89 milhões de cabeças de gado na região. E o preço é pago pela floresta. Segundo um levantamento da plataforma Mapbiomas, de 1985 a 2019 o Brasil transformou 67,8 milhões de hectares de florestas em pastagens, uma área maior que a da França, além de 8,6 milhões de outras formações naturais, como áreas alagadas e savanas. “Ou seja, cerca de 76,4 milhões de hectares de vegetação nativa foram convertidos em pastagens no Brasil entre 1985 e 2019”, comenta o pesquisador Tiago Reis, que estuda ações de combate ao desmatamento na Universidade Católica de Louvain, na Bélgica .

Considerando os 2 últimos censos agropecuários, de 2006 a 2018, a área de pasto apenas na Amazônia Legal saltou de 42,4 milhões para 50,6 milhões de hectares. É como se todos os anos 747 mil campos de futebol avançassem sobre a mata nativa —e fossem ocupados por bois. GOVERNO INCENTIVOU AVANÇO DE PECUARISTAS SOBRE A FLORESTA De acordo com especialistas, isso ocorre por um motivo simples: plantar capim e encher de gado é a maneira mais simples de ocupar um território. E para entender essa questão é preciso recuar algumas décadas.

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