Nova Cruz/RN -

Planalto nomeia Alckmin e oficializa início da transição de governo

Print do Diário Oficial da União mostra nomeação de Geraldo Alckmin para a transição do governo.

O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, nomeou o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), para o cargo Especial de Transição Governamental. A nomeação foi publicada na manhã desta sexta-feira (4/11), no Diário Oficial da União (DOU).

A medida oficializa o processo de transição da gestão de Jair Bolsonaro (PL) para o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), eleito no último domingo (30/10).

O Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) foi designado como local para abrigar o gabinete de transição. Segundo Alckmin, a presidente do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, e Aloizio Mercadante, ex-ministro dos governos Lula e Dilma, vão visitar as instalações nesta sexta-feira (4/11), e o início dos trabalhos será na segunda-feira (7/11).

As discussões sobre a transição do governo começaram extraoficialmente na quinta-feira (3/11), quando Alckmin, Hoffmann e Mercadante iniciaram as tratativas com a atual gestão, em Brasília.

A legislação dá ao presidente eleito o direito de formar uma equipe de transição, com 50 cargos à disposição, para ter acesso aos dados da administração pública e preparar as primeiras medidas do novo governo.

O vice-presidente eleito não quis antecipar nomes que vão compor a equipe de transição. Disse, porém, que eles virão de partidos que compuseram a coligação de Lula nas eleições. O petista, por sua vez, comentou a medida nas redes sociais.

Metrópoles

Presidente do TSE diz que resultado das urnas são incontestáveis e criminosos serão responsabilizados

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, afirmou nesta quinta-feira (3) que o resultado das urnas são incontestáveis e que criminosos que atacam o sistema eleitoral serão responsabilizados.

“As eleições acabaram, o segundo turno acabou democraticamente no último domingo, o TSE proclamou o vencedor, o vencedor será diplomado até dia 19 de dezembro e tomará posse em 1º de janeiro de 2023. Isso é democracia, isso é alternância de poder, isso é estado republicano”, afirmou o ministro.

Moraes deu a declaração durante a primeira sessão do TSE após a eleição do último domingo (30), na qual Luiz Inácio Lula da Silva (PT) derrotou o atual presidente Jair Bolsonaro (PL).

Depois da oficialização da vitória do petista, apoiadores de Bolsonaro bloquearam rodovias em protestos antidemocráticos contra o resultado da eleição.

“Não há como se contestar um resultado democraticamente divulgado com movimentos ilícitos, com movimentos antidemocráticos, criminosos que serão combatidos e os responsáveis responsabilizados sob a pena da lei. A democracia venceu novamente no Brasil”, completou.

Equipes de Lula e de Bolsonaro se encontram para iniciar processo de transição entre governos

Foto: Everisto Sá/AFP e Divulgação

Após o reconhecimento da derrota, a equipe do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reunirá, nesta quinta-feira (3), com membros da gestão de Jair Bolsonaro (PL) para dar início formal ao processo de transição entre os governos.

Uma reunião está prevista para 14h, na Casa Civil. Do lado do atual governo, participará o ministro da pasta, Ciro Nogueira (PP-PI), e seus assessores. Pela ala de Lula, devem participar o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e o coordenador do programa de governo, Aloizio Mercadante.

O período de transição existe para que o candidato eleito possa receber de seu antecessor todas as informações necessárias à implementação do programa do novo governo, que tomará posse em 1º de janeiro de 2023.

Os membros da equipe de transição serão indicados pelo petista e devem ter acesso aos diversos dados relacionados às contas públicas, aos programas e projetos, entre outros. O grupo pode ter até 50 pessoas, que assumem os cargos especiais de transição governamental (CETG).

R7

Lula planeja reunião com Rosa Weber, Pacheco e Lira na próxima semana

Presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva quer se reunir com representantes dos poderes para fortalecer a estabilidade institucional

Luiz Inácio Lula da Silva (PT), faz o pronunciamento de vitória, após a apuração do segundo turno das eleições 2022 - Metrópoles

São Paulo – O presidente eleito no último domingo (30/10), Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pretende se reunir na próxima terça-feira (8/11) com a ministra Rosa Weber, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF); com Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado e do Congresso Nacional; e com Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados.

Lula estará em Brasília a partir da próxima segunda-feira (7/11). Os diálogos com representantes dos poderes Judiciário e Legislativo fazem parte do esforço para fortalecer a estabilidade institucional.

Com informações do Metrópoles 

Multas por bloqueios de rodovias já passam de R$ 5,5 milhões, diz ministério

O Ministério da Justiça e da Segurança Pública informou nesta quarta-feira, 2, que entre 31 de outubro e 1º de novembro foram aplicadas 912 multas a condutores que bloquearam rodovias pelo país, perfazendo o total de R$ 5,5 milhões. Os protestos começaram depois da eleição de domingo 30, em que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conseguiu se eleger.

De acordo com o ministério, os valores das multas dependem do tipo de infração e podem variar de R$ 5 mil a R$ 17 mil, de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB). De acordo com o artigo 253-A do Código de Trânsito Brasileiro, é penalizado com infração gravíssima todo e qualquer condutor que utilizar veículo para, deliberadamente, interromper, restringir ou perturbar a circulação na via sem autorização do órgão ou entidade de trânsito.

A pena para essa infração gravíssima é multa de R$ 5 mil e suspensão do direito de dirigir por 12 meses. Como medida administrativa, o infrator pode ter o veículo removido.

167 rodovias federais permanecem bloqueadas na manhã desta quarta-feira (2)

Foto: Divulgação/PRF

Ao menos 167 rodovias federais permanecem bloqueadas por caminhoneiros bolsonaristas na manhã desta quarta-feira (2). Em nota publicada nas redes sociais, a PRF afirmou que desfez 563 manifestações desde segunda.

Os protestos são realizados por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro insatisfeitos com a vitória de Lula no domingo (30).

O estado com o maior número de bloqueios é Santa Catarina, com 37 ocorrências, segundo a PRF.

“Bolsonaro não convocou ninguém, mas também não mandou ninguém voltar para casa. Mantenham-se firmes! Todo apoio”, escreveu um seguidor num grupo em apoio ao presidente.

Com informações de O Antagonista

“Centrão” articula bloco com 300 deputados para reeleger Lira

Elmar Nascimento, líder do União Brasil na Câmara dos Deputados.

O líder do União Brasil, Elmar Nascimento, não descartou possível apoio ao governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT)

Grupo reuniria PL, União Brasil, PP, PSD, Republicanos e PSDB para controlar Mesa Diretora e comissões da Câmara

CAROLINA NOGUEIRA e NICHOLAS SHORES

Líderes de partidos de centro, representantes de 5 das 7 maiores bancadas eleitas para a Câmara, articulam a formação de um bloco com cerca de 300 deputados que, se bem-sucedida, pavimentará a reeleição de Arthur Lira (PP-AL) à Presidência da Casa e garantirá às legendas o comando de todas as principais comissões.

Líderes de partidos de centro, representantes de 5 das 7 maiores bancadas eleitas para a Câmara, articulam a formação de um bloco com cerca de 300 deputados que, se bem-sucedida, pavimentará a reeleição de Arthur Lira (PP-AL) à Presidência da Casa e garantirá às legendas o comando de todas as principais comissões.

Em uma videoconferência com representantes do mercado financeiro nesta 3ª feira (1º.nov.2022), o líder do União Brasil na Câmara, Elmar Nascimento (BA), afirmou que o “blocão” em discussão seria composto, além da sua própria legenda, por PL, PP, PSD, Republicanos e PSDB. Juntas, somam 301 deputados eleitos.

“Ontem (31.out) mesmo, nós tivemos várias reuniões sobre isso com o presidente da Câmara, que está tentando ser reproduzido no formato de fazer um blocão [que] asseguraria a esses partidos não só a eleição da Mesa Diretora da Câmara como o predomínio sobre todas as comissões do Poder Legislativo”, afirmou Elmar na reunião virtual.

Nos últimos meses, houve um princípio de conversa entre o União Brasil e o PP para uma possível fusão, mas a legislação que rege partidos políticos impõe um intervalo mínimo de 5 anos para uma nova junção de legendas —a criação do União Brasil, fruto da fusão dos extintos DEM e PSL, foi aprovada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em fevereiro de 2022.

Líderes dos partidos também cogitaram formar uma federação, mas desistiram diante da previsão de que haveria dificuldades em alguns Estados com a obrigação de lançar candidaturas únicas a cargos majoritários durante 4 anos.

FIEL DA GOVERNABILIDADE

Com o contingente de ao menos 301 deputados, toda e qualquer proposta que o governo do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), quiser aprovar no Congresso teria de ser negociada com o “blocão”.

Leia mais no Poder360

Após pronunciamento, Bolsonaro vai ao STF

Foto: REUTERS/Adriano Machado

Após pronunciamento na tarde desta terça-feira (1º), o presidente Jair Bolsonaro (PL) foi ao Supremo Tribunal Federal (STF). A visita à sede do Supremo não estava prevista na agenda oficial.

Mais cedo, Bolsonaro fez o primeiro pronunciamento depois perder a eleição. Bolsonaro leu um discurso curto, de dois minutos, em que disse que continuará cumprindo a Constituição.

Pouco depois, o STF emitiu nota oficial sobre o discurso.

“O Supremo Tribunal Federal consigna a importância do pronunciamento do Presidente da República em garantir o direito de ir e vir em relação aos bloqueios e, ao determinar o início da transição, reconhecer o resultado final das eleições”, diz o comunicado.

g1

STF diz em nota que fala de Bolsonaro “reconhece” resultado da eleição

Imagem: reprodução/CNN Brasil

O STF (Supremo Tribunal Federal) divulgou nota nesta terça-feira (1º) afirmando que o pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro (PL) teve “importância” por “garantir o direito de ir e vir” e “reconhecer o resultado final das eleições”.

“O Supremo Tribunal Federal consigna a importância do pronunciamento do Presidente da República em garantir o direito de ir e vir em relação aos bloqueios e, ao determinar o início da transição, reconhecer o resultado final das eleições”, diz a curta nota divulgada pela Corte às 17h34.

O Tribunal faz referência aos protestos que paralisaram rodovias em todo o país. A PRF (Polícia Rodoviária Federal) tenta desbloquear as estradas depois de uma ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF.

Bolsonaro no STF

Depois do discurso feito, o presidente Jair Bolsonaro foi ao Supremo para se reunir com ministros. Ele chegou à Corte por volta das 17h40. Ainda não há informações sobre o encontro.

Poder 360

VÍDEO: Dois dias após a eleição, Bolsonaro quebra silêncio com pronunciamento curto, agradece votos e diz que vai respeitar a constituição

O presidente Jair Bolsonaro (PL) fez nesta terça-feira (1º), dois dias após o resultado do segundo turno das eleições, o primeiro discurso após perder a eleição. O presidente fez um pronunciamento curto em que agradeceu os votos que recebeu.

Ele disse também que “manifestações pacíficas são bem-vindas” e criticou ocupações.

“Quero começar agradecendo os 58 milhões de brasileiros que votaram em mim no último dia 30 de outubro. Os atuais movimentos populaes são fruto de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral. As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas, mas os nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, como ionvasão de propriedade, destruição de patrimônio e cerceamento do direito de ir e vir”, afirmou o presidente.

G1

Alckmin será o coordenador da equipe de transição do governo Lula

Geraldo Alckmin, eleições 2018

© SEBASTIÃO MOREIRA/EFE

Gleisi Hoffmann e Aloízio Mercadante são parte da equipe

Por Bruno Bocchini – Repórter da Agência Brasil – São Paulo

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou hoje (1º) que o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, escolheu o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, para coordenar a equipe de transição para o novo governo. De acordo com Hoffmann, até o momento, só estão confirmados na equipe, além de Alckmin, o ex-ministro Aloizio Mercadante e ela própria, presidente do PT. Outros nomes serão definidos a partir da próxima quinta-feira.

“O Geraldo Alckmin é o vice-presidente da República e tem mais do que legitimidade e poder político e institucional para conduzir isso, então a decisão do presidente [Lula] foi nesse sentido”, disse, em entrevista coletiva. “Como o Mercadante foi coordenador de programa de governo e tem essa relação com os nossos programas, ele vai estar junto na equipe. E eu também vou estar junto na parte da política e na relação com os partidos”, disse Hoffmann.

A presidente do PT ressaltou que todos partidos que participaram da frente ampla formada em torno da candidatura de Lula terão participação na equipe de transição. “Quero deixar claro isso, nessa comissão, a participação de todos os partidos que tiveram conosco nessa caminhada. Os partidos que estiveram na coligação, que fizeram a disputa eleitoral, vão participar também do processo de transição”.

Hoffmann ressalvou, no entanto, que a participação na equipe de transição não significa que os escolhidos serão, necessariamente, futuros titulares dos ministérios. “Importante também deixar bem claro para vocês que quem participa dessa comissão de transição não quer dizer que vai ser ministro ou ministra”, disse. “O presidente Lula não abriu essa discussão”, acrescentou.

Orçamento

A presidente do PT ainda enumerou os principais pontos em que a equipe de transição deverá se debruçar inicialmente. Segundo ela, a preocupação inicial está relacionada ao orçamento para 2023 e a situação fiscal do governo.

“Nós queremos que seja assegurado no orçamento de 2023 o contrato que nós fizemos nas eleições, aquilo que nós dissemos que iríamos realizar para o povo brasileiro. Nós queremos que o auxílio Brasil seja de R$ 600, que tenha reajuste do salário, essas questões nós vamos discutir. Mas mais do que isso nós também queremos ver como é que está a situação fiscal, porque a gente tem poucas informações sobre isso. A ideia é ter um quadro geral”.

Segundo a presidente do PT, o ministro Chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, confirmou que o presidente da República, Jair Bolsonaro, determinou o início do processo de transição de governo.  “Eu conversei ontem com o Chefe da Casa Civil, senador Ciro Nogueira. Ele me falou que está à disposição, que foi uma determinação do presidente [Jair Bolsonaro] de se instalar o processo de transição, que eu poderia passar a ele os nomes para eles fazerem as nomeações”, disse.

PRF diz que trabalha para liberar todas as rodovias nesta terça-feira (01)

O coordenador-geral de comunicação da PRF (Polícia Rodoviária Federal), Cristiano Vasconcellos, afirmou nesta segunda (31) que a ordem do diretor-geral é desobstruir os pontos de bloqueio o mais rápido possível, que nunca houve determinação contrária e que a corporação trabalha para liberar todas as rodovias federais até esta terça (1º).

“Em momento algum nós tivemos determinação para não desmobilização das manifestações. Desde o começo, nós estamos trabalhando incansavelmente para desobstruir todos os pontos com bloqueio nas rodovias federais. E a ordem do nosso diretor-geral é para nós desobstruirmos todos os pontos o mais rápido possível, imediatamente”, disse.

“Mobilizamos mais ainda nosso efetivo para que a gente consiga fazer a desmobilização de todos os pontos. Acreditamos e estamos trabalhando para que amanhã [terça-feira] não tenha mais nenhum local com mobilização”, complementou. No início da manhã desta terça, a PRF informou que 192 manifestações haviam sido desfeitas.

Folha de S. Paulo

União Brasil e PT lideram ranking de governos estaduais com 4 estados

Após o segundo turno em 12 estados no domingo (30), estão definidos os governadores das 27 unidades da federação pelos próximos quatro anos. O União Brasil e o PT foram os partidos que mais “conquistaram” governos estaduais, com 4 estados cada.

O União Brasil elegeu seus candidatos no Centro-Oeste e no Norte, com candidatos alinhados ao presidente Jair Bolsonaro (PL): Mauro Mendes, no Mato Grosso; Ronaldo Caiado, em Goiás; Marcos Rocha, em Rondônia; e Wilson Lima, no Amazonas. Todos eles tiveram o apoio do presidente.

Já o PT tem todos os seus estados localizados no Nordeste. São eles: Bahia, com Jerônimo Rodrigues; Ceará, com Elmano Freitas; Piauí ,com Rafael Fonteles; e o Rio Grande do Norte, com Fátima Bezerra.

Três partidos empatam com três domínios estaduais: o MDB (Alagoas, Distrito Federal e Pará), o PSB (Espírito Santo, Maranhão e Paraíba), e o PSDB (Mato Grosso do Sul, Pernambuco e Rio Grande do Sul).

O PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, que teve votação expressiva no Congresso, sendo o que mais conquistou cadeiras à Câmara e ao Senado, terminou as disputas do governo com dois estados: Rio de Janeiro (com Cláudio Castro) e Santa Catarina (com Jorginho Mello).

PP, PSD e Republicanos, com dois estados cada; Solidariedade e Novo, com um cada, completam a lista.

CNN Brasil

Protestos de caminhoneiros atrapalham trânsito em 20 estados

Supporters of Brazil's President Jair Bolsonaro protest against President-elect Luiz Inacio Lula da Silva, in Jacarei

© ROOSEVELT CASSIO

Manifestantes se dizem contra o resultado das eleições presidenciais

Por Vladimir Platonow – Repórter da Agência Brasil – São Paulo

Protestos de caminhoneiros em diversos estados brasileiros, alguns iniciados na noite de domingo (30), atrapalharam o trânsito nas rodovias e levaram ao atraso de viagens de ônibus. Muitos passageiros foram pegos de surpresa no meio do caminho, o que fez dobrar o tempo de algumas viagens. Os manifestantes – que protestam contra o resultado das eleições – fecharam, total ou parcialmente, as estradas, usando os próprios veículos como bloqueio ou ateando fogo em pneus e outros materiais.

Em praticamente todos os casos houve intervenção da Polícia Rodoviária Federal (PRF), na tentativa de desobstruir as pistas em diálogo com os manifestantes, muitas vezes sem sucesso. No meio da tarde desta segunda-feira (31), um grupo tentou parar a Ponte Rio-Niterói, mas foi logo contido pela Polícia Militar (PM), que liberou o trânsito.

Segundo balanço parcial da PRF, divulgado no início da noite, houve bloqueios em pelo menos 20 estados. Entre os que tiveram maior número de casos, Santa Catarina registrou 42 bloqueios, Mato Grosso do Sul, 32 interdições, Paraná teve 18 interdições e 6 bloqueios, Pará teve 17 interdições, mesmo número de Rondônia. Goiás registrou 10 interdições, Rio de Janeiro, 9 interdições, São Paulo teve 7 bloqueios. De acordo com a PRF, 75 manifestações foram desfeitas

Viagens suspensas

Na Rodoviária do Rio de Janeiro, segundo a porta-voz Beatriz Lima, houve uma queda de 80% no movimento de embarques rumo a São Paulo, que num dia normal é cerca de 2,5 mil pessoas. As empresas que fazem a rota decidiram suspender as viagens e estão remarcando sem custo os bilhetes.

“A venda de bilhetes rodoviários do Rio de Janeiro em direção a São Paulo e regiões que utilizam a Via Dutra em seu trajeto estão suspensas, hoje, pelas empresas de ônibus regulares que estão monitorando a situação. Os passageiros devem procurar as centrais de atendimento das viações para remarcação das passagens sem custo. Lembramos que as demais linhas seguem normais e que os serviços do terminal continuam funcionando 24h”, se pronunciou em nota a porta-voz.

Justiça Federal

Em uma ação movida pela empresa K-Infra Rodovia do Aço, permissionária da Rodovia BR-393, no Rio de Janeiro, o juiz federal Iorio Siqueira D´Alessandri Forti acolheu ação de interdito proibitório, determinando que caminhoneiros ou pessoas se abstenham de fechar total ou parcialmente a BR-393. Ele ordenou também a remoção de pessoas ou veículos, bem como a identificação dos responsáveis, impondo multa de R$ 5 mil para cada pessoa, por hora de interrupção.

A decisão diz respeito unicamente à rodovia em questão e não afeta as demais estradas do estado ou do país.

Lula terá que procurar partidos para formar maioria no congresso

Por Lucas Pordeus Leon – Repórter da Rádio Nacional – Brasília

Qualquer presidente eleito, para aprovar propostas do interesse do governo, tem que formar maioria no Congresso Nacional.

Assim como aconteceu em todas as eleições desde a redemocratização, mais uma vez, o bloco de partidos que apoiou o presidente eleito não tem maioria na Câmara, nem no Senado. Por isso, Lula terá que procurar partidos que não estavam ao lado dele nessa eleição, como MDB e União Brasil.

O cientista político Antônio Flávio Testa avalia que será difícil para o novo presidente aprovar medidas como a revogação do teto de gastos, a revisão da reforma trabalhista, ou o fim do orçamento secreto devido ao perfil mais de direita dos parlamentares eleitos no dia 2 de outubro.

Apesar do cenário adverso no Legislativo, o professor de Ciência Política da Universidade de Brasília, Adrian Abdala, ressalta que há um grupo de parlamentares que, mesmo de direita, estaria disposto a negociar com o novo governo.

O professor Adrian destacou ainda que o governo Lula deve formar um ministério com pessoas ligadas a partidos políticos para poder formar maioria.

A grande primeira batalha do novo governo acontece no dia primeiro de fevereiro de 2023, quando serão eleitas as novas mesas diretoras da Câmara e do Senado, que vão controlar a pauta do Legislativo nos próximos dois anos.

Diplomação de eleitos deve ocorrer até 19 de dezembro, informa TSE

Fachada do edifício sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)

© Marcello Casal JrAgência Brasil

Data da cerimônia ainda não foi marcada

Por Agência Brasil – Brasília

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou hoje (31) que a diplomação dos candidatos eleitos deve ocorrer até 19 de dezembro, conforme a legislação eleitoral. 

O TSE será responsável pela diplomação de Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin, eleitos ontem (30) para os cargos de presidente da Republica e vice-presidente. A data da cerimônia de diplomação ainda não foi marcada.

Os eleitos para os cargos de governador, senador, deputado federal, estadual e distrital serão diplomados pelos tribunais regionais eleitorais (TREs), sediados nos 26 estados e no Distrito Federal. A data-limite também é 19 de dezembro.

O diploma expedido pela Justiça Eleitoral é o documento oficial que atesta a vitória do candidato nas urnas e autoriza a posse. O presidente da República e os governadores tomarão posse em 1º de janeiro. A posse dos parlamentares eleitos será em 1º de fevereiro.

Senador Jean-Paul Prates é cotado para presidir a Petrobras a partir de 2023

Foto: Reprodução

O senador Jean-Paul Prates (PT-RN) é um dos nomes mais cotados para assumir a presidência da Petrobras em 2023. Segundo o Estadão/Broadcast apurou, a ideia seria inserir a empresa de forma mais abrangente no mundo das energias renováveis. E Prates seria um bom nome por ter sido um dos protagonistas no marco regulatório da geração de energia eólica offshore (no mar).

Segundo fontes, o senador estaria sendo cotado também para o Ministério de Minas e Energia, mas teria mais interesse na estatal, uma vez que consideraria o foco do ministério amplo demais. Advogado e economista, Prates tem quase 30 anos de experiência no setor de petróleo e gás. Ele foi consultor antes de seguir carreira política.

A avaliação do próximo governo é de que a Petrobras deve buscar aumentar a produção de gás natural como uma “ponte” de transição para o hidrogênio, enquanto as refinarias serão parcialmente convertidas para a produção de biocombustíveis. Ainda sem martelo batido, existe também a possibilidade da construção de uma nova refinaria no País, mas também já dentro do novo conceito de biorrefinarias.

Com os planos de expansão no refino, o processo de venda das refinarias em andamento será abandonado, respeitando todos os contratos que já estiverem assinados. Antes de qualquer movimento, a nova gestão da empresa vai analisar todos os processos em curso.

Deverá haver mudanças também na política de preços, o que deverá incluir o fim da política de paridade de importação (PPI), conforme disse o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a campanha.

Estadão

Líderes internacionais cumprimentam Lula pela vitória à Presidência

O candidato a presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, vota na escola Escola Estadual Doutor João Firmino Corrêa de Araújo, em São Bernardo do Campo.

© Rovena Rosa/Agência Brasil

FHC e Ciro Gomes também tuitaram sobre a vitória do candidato do PT

Por Agência Brasil – Brasília

Líderes de vários países e políticos brasileiros parabenizaram o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva pela vitória no segundo turno das eleições, neste domingo (30).

O ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, parabenizou o presidente recém eleito. Pelas redes sociais, FHC disse que “venceu a democracia, venceu o Brasil!”

Candidato à Presidência no primeiro turno pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT), Ciro Gomes cumprimentou Lula pelas redes sociais. “Desejo ao presidente eleito toda a felicidade na honrosa missão a si concedida pela maioria de nosso povo brasileiro”, disse.

Apoio internacional

Diversos líderes internacionais já manifestaram apoio ao presidente eleito. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, cumprimentou a vitória de Lula por meio de nota.

“Envio meus cumprimento a Luiz Inácio Lula da Silva em sua eleição para ser o próximo presidente do Brasil por meio de eleições livres, justas e confiáveis. Espero que trabalhemos juntos para continuarmos a cooperação entre os dois países nos meses e anos a seguir”.

O presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou que ambos enfrentarão unidos “muitos desafios comuns”.

O presidente do Chile, Gabriel Boric, também usou o twitter para parabenizar o presidente eleito.

Ao cumprimentar Lula, o primeiro-ministro canadense Justin Trudeau afirmou que “está ansioso para trabalhar” com o futuro presidente.

“O povo do Brasil falou. Estou ansioso para trabalhar com @LulaOficial para fortalecer a parceria entre nossos países, entregar resultados para canadenses e brasileiros e avançar em prioridades compartilhadas – como proteger o meio ambiente. Parabéns, Lula!”

O presidente do Panamá, Nito Cortizo, afirmou esperar que os países continuem “trilhando juntos o caminho da amizade e da cooperação em benefício de nossas nações”.

O embaixador da Alemanha no Brasil, Heiko Thoms, também parabenizou Lula pela vitória, por meio do Twitter: “Parabéns, presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pela vitória nas eleições! Estamos felizes com a perspectiva de ampliarmos juntos e aprofundarmos ainda mais as relações Brasil-Alemanha”.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, declarou que comemora “a vitória do povo brasileiro” com a eleição de Lula para a Presidência da República.

Paraná Pesquisas foi o único a acertar os números da vitória apertada de Lula

Paraná Pesquisa previa Lula com 50,4% e ele teve 50,8% dos votos válidos

Murilo Hidalgo, presidente do instituto Paraná Pesquisas – Foto: Band.

Deu na Coluna Cláudio Humberto – DP

Além do próprio Lula (PT), há outro grande vitorioso nas eleições presidenciais de 2022: o Instituto Paraná Pesquisas.

Foi o único a acertar “na mosca” a vitória apertada do candidato petista, bem, ao contrário das demais empresas concorrentes, que erraram feio tanto quanto no primeiro turno.

O último levantamento nacional realizado pelo Paraná Pesquisas, antes da votação em segundo turno, foi divulgado no Diário do Poder na manhã deste sábado (29), indicando que Lula teria 50,4% dos votos válidos e a contagem dos votos totalizou 50,8%, diferença de apenas 0,4 ponto.

Já a votação de Bolsonaro, correspondente a 49,1%, esteve meio ponto abaixo dos 49,6% previstos pelo Paraná Pesquisas na véspera da votação, revelando uma margem de acerto nunca vista em eleições presidenciais.

A comparação é muito desfavorável aos demais institutos de uma espécie de “consórcio” em que um confirma os números do outro.

O vexame de cada um

MDA, por exemplo, foi o que mais se aproximou do resultados das urnas e dos números imbatíveis do Paraná Pesquisas, ao prever  51,1% a 48,9%.

Já o Datafolha bancada uma vitória de Lula equivalente a 52% a 48% para o atual presidente.

Ipec, ex-Ibope, que mudou de nome após os vexames protagonizados na eleição de 2018, cravou a “previsão” na última pesquisa divulgada pelos seus parceiros do Grupo Globo: 54% para Lula, 46% para Bolsonaro.

Outro a dar vexame foi o Ipespe, cravando 53% a 47%, mesmos percentuais do Atlas, que mandou bem no primeiro turno e escorregou no tomate no segundo turno, e dois novatos, o Quaest e o PoderData.

Contratada pelo Banco Modal, a Futura Inteligência pagou mico, prevendo a vitória de Bolsonaro por 50,3% a 49,7%. deu o contrário. E o Brasmarket errou feio outra vez, como no primeiro turno, desta vez apontando Bolsonaro vencendo por 53,6% a 46,4%.

Ataques injustos

O Paraná Pesquisas foi o instituto mais atacado por jornalistas ligados ou torcedores do PT e até por jornalões como a Folha de S. Paulo, que, proprietária do Datafolha, publicou reportagem tentando desqualificar o concorrente.

O especialista Murilo Hidalgo, presidente do Paraná Pesquisa, fez um desabafo na noite deste domingo (3), durante entrevista à Rádio Bandeirantes. Ele lembrou que o jornal mencionou suposto contrato de a empresa com o governo federal, a fim de desqualificar suas pesquisas e por em dúvida seus resultados, “mas não informa aos leitores que o Datafolha tem contratos com o governo de São Paulo”.

Lula eleito: saiba como funciona a transição de governo

Por Alexandro Martello e Guilherme Mazui, g1 — Brasília

Eleito neste domingo (30) com 50,9% dos votos válidos, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá direito a uma “equipe de transição” para os próximos dois meses (entenda abaixo as regras para funcionamento desta esquipe).

Se for efetivado, o grupo terá a missão de se inteirar do funcionamento dos órgãos e entidades da administração pública federal – e preparar os primeiros atos do novo governo, geralmente editados já no primeiro dia do ano.

As regras para o processo de transição estão listadas na Lei 10.609/2002 e no Decreto 7.221/2010. O decreto diz que a transição governamental começa com a proclamação do resultado da eleição e se encerra com a posse do novo presidente.

O presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado na tentativa de reeleição, passa o cargo a Lula no dia 1º de janeiro de 2023.

Leia mais no G1