Paraíba de governador novo

Na Paraíba, o roto assume a cadeira do esfarrapado

ABr/Folha

A Paraíba já se encontra sob nova direçãoo. Saiu Cássio Cunha Lima (PSDB), cassado na véspera pelo TSE.
Entrou José Maranhão (PMDB), que responde a nada menos que oito processos na Justiça Eleitoral.

A troca de cadeiras entre o esfarrapado Cunha Lima e o roto Maranhão foi precedida de um tumulto político-judicial.
Diplomado pela manhã, no TRE paraibano, José Maranhão teve de conviver, durante toda a tarde, com a ameaça de não ser empossado pela Assembléia Legislativa.

A Assembléia é presidida pelo deputado estadual Arthur Cunha Lima (PSDB), primo do governador cassado.
Logo cedo, Arthur pediu licença da Assembléia e assumiu a cadeira de governador, até então vaga. Simultaneamente, a Assembléia protocolou uma ação no STF.

Submetido aos Cunha Lima, o legislativo paraibano queria que fosse convocada uma eleição indireta. Um pretexto para retardar a posse de Maranhão, que teve de renunciar ao mandato de senador.
Outras três ações deram entrada no Supremo. Uma do cassado Cunha Lima. Outra do vice José Lacerda Neto (DEM), também passado na lâmina pelo TSE, e uma terceira do PSDB.

A despeito de todo o esperneio, prevaleceu a ordem do TSE: a posse de José Maranhão, segundo colocado nas eleições de 2006, deveria ser imediata.
No início da noite, o deputado Ricardo Marcelo (PSDB), presidente interino da Assembléia, viu-se compelido a dar posse a um inevitável José Maranhão.

Em discurso, o novo governador foi ao revide. Maranhão disse que Cunha Lima patrocinava a “pilhagem do Estado”.
Afirmou que a Paraíba vivia sob a “lei da selva”. De resto, declarou que seu mandato fora “usurpado” na eleição de 2006.

Na vaga de José Maranhão, assume no Senado o suplente Roberto Cavalcanti Ribeiro. É filiado ao PRB, partido que integra o consórcio governista como sócio minoritário.
Cavalcanti Ribeiro chega a Brasília, também ele, devendo explicações. Responde a vários processos por suspeita de corrupção.

Entre as acusações que lhe pesam sobre os ombros está a de ter participado de um esquema que produziu o cancelamento ilegal de créditos da União.
Como se vê, mudam as legendas. Mas o odor é sempre o mesmo.
Escrito por Josias de Souza

Fim da Desvinculação de Receita vale o mandato do deputado Rogério Marinho“Se essa PEC passar, já vai ter valido a pena todo o meu mandato”.
Foto: Divulgação Ministro Haddad, deputado Gastão Vieira e deputado Rogério Marinho

A declaração foi dada hoje ao Blog pelo deputado Rogério Marinho, momentos antes de dar início à audiência pública para debater o fim da Desvinculação das Receitas da União.
A badalada DRU, da qual Rogério é o relator, caso seja aprovada, irá representar um acréscimo de R$ 4 bilhões na Educação brasileira já a partir deste ano…
E mais R$ 19 bilhões até 2011.
A audiência pública de hoje contou com a participação do ministro da Educação, Fernando Haddad…
Ele revelou que no Brasil, 30% das crianças de 4 e 5 anos estão fora da escola, e 18% dos jovens entre 15 e 17 também.
Para o ministro, o fim da DRU será essencial para tornar obrigatório o ensino infantil da pré-escola e o ensino médio até 2014.

“O fim da DRU é uma medida mais do que tardia. Em 2007 tentamos acabar com ela numa composição com a CPMF. Rogério Marinho liderou esse importante trabalho e colheu mais de 200 assinaturas de parlamentares. Mas não tivemos êxito. Agora, estou aqui representando a vontade expressa do presidente Lula pelo fim da DRU. Fique certo, deputado Rogério Marinho, que a proposta contará com apoio de toda base do Governo”, prometeu Haddad.
Rogério justifica a PEC, afirmando que a DRU retirou, só em 2008, mais de R$ 9 bilhões da Educação.

Rogério Marinho espera apresentar a 1ª versão do relatório da DRU no dia 10 de março.
A votação, pela Comissão Especial, está prevista para o dia 17.
Fonte:Blog Thaisa Galvão

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