PMDB pró-Dilma pressiona Lula por definição do vice
Fotos: Folha e ABr
O pedaço do PMDB que pende para o apoio à candidatura presidencial de Dilma Rousseff está inquieto.
O alto comando pemedebê nota um descompasso entre o que Lula diz e o que ele faz.
O presidente dissera que agiria para apagar incêndios ardem nos Estados.
São fogueiras que consomem as relações do PMDB com o PT em diversas províncias. Alimentadas, podem chamuscar a aliança nacional.
Lula informara que chamaria para um particular o ministro pemedebê Geddel Vieira Lima, às turras com o governador petista da Bahia Jaques Wagner. Não chamou.

O presidente assegurara que conversaria com o grão-pemedebê Jader Barbalho, em litígio com a governadora petista do Pará Ana Julia. Não conversou.
O fiador de Dilma garantira que convocaria para um tête-à-tête o governador André Puccinelli (PMDB), que torce o nariz para o petismo no Mato Grosso do Sul. E nada.
Combinada com a estagnação de Dilma nas pesquisas, a inação de Lula animou o PMDB governista a cobrar dele um gesto definitivo.
Deseja-se agora que o presidente torne oficial algo que, por ora, só existe no gogó: a acomodação do PMDB na chapa de Dilma, na condição de vice.
Alega-se que a protelação estimula a movimentação do pedaço do partido que flerta com a opção presidencial do PSDB –com José Serra ou Aécio Neves.

Hoje, o nome mais cotado para compor a chapa ao lado de Dilma é Michel Temer (PMDB-SP), presidente da Câmara. Lula se diz simpático à idéia. E fica nisso.
Em qualquer hipótese, o PMDB vai a 2010 dividido, uma parte com Lula, outra com a oposição. O que se discute é quem vai levar o tempo de TV do partido.
Para emprestar sua vitrine televisiva a um candidato, o PMDB precisa aprovar a aliança com o felizardo –ou felizarda— em sua convenção nacional.
Uma convenção composta por delegados que vem dos Estados. Daí a preocupação da ala pró-Dilma de cuidar dos incêndios estaduais ainda passíveis de extinção.
Há casos perdidos. Por exemplo: em Santa Catarina e e no Rio Grande do Sul, a aliança do PMDB com o PT é coisa que todos sabem impossível.

Há outros casos, como Bahia e Pará, em que ainda se tenta viabilizar a fórmula do palanque duplo. Algo que depende de uma anuência que Lula demora a dar.
Em privado, Geddel diz que nada o demoverá da idéia de disputar o governo da Bahia. Quer Dilma e Lula do seu lado. Porém…
Porém, afirma Geddel entre quatro paredes, se o PT não quiser o apoio dele, vai “cuidar da vida”.
O mesmo vale para os outros Estados em que as relações entre PT e PMDB já viraram ou estão prestes a virar cinzas.
Compartilham da tese de que Lula deveria antecipar a definição do candidato a vice nomes que tem peso na legenda.

Entre eles o próprio presidente Temer, o ministro Geddel e o líder peemedebista na Câmara Henrique Eduardo Alves (RN).
Fonte:Escrito por Josias de Souza

Ciro deve transferir domicílio eleitoral para São Paulo
Opção pela sucessão estadual será mantida como ‘Plano B’

Fotos: Folha
O PSB, partido de Ciro Gomes, marcará, nos próximos dias, uma reunião de sua Executiva nacional.
No encontro, a direção da legenda deve recomendar a Ciro Gomes que transfira o seu título eleitoral do Ceará para São Paulo.
Simultaneamente, o PSB reafirmará que Ciro é candidato à presidência da República, não ao governo paulista.
Uma pergunta ganhará instantaneamente o noticiário: ora, se a candidatura é presidencial, por que mudar o domicílio eleitoral para São Paulo?
O senador Renato Casagrande (ES), secretário-geral do PSB, explicou ao blog o sentido da decisão que seu partido está prestes a tomar:
“O PSB quer que o Ciro seja candidato a presidente. O Ciro também quer. Só que nós não sabemos como o quadro vai evoluir até o ano que vem…”
“…A maioria do partido entende que a transferência do título de Ciro, embora crie, uma especulação sobre a dele em São Paulo, não o retira do projeto nacional”.

São Paulo fica como um plano B? “Ciro é nosso candidato à presidência”, Casagrande repisa. “Mas…”
“…Mas, caso isso não se viabilize por alguma razão, ele tem a alternativa de São Paulo. Uma alternativa remota”.
Por que remota? “Nossas teses estão se fortalecendo a cada dia”, afirma Casagrande.
“A cada pesquisa, verifica-se que é a chanca de a disputa presidencial ser definida no primeiro turno é improvável…”
“…Vai-se consolidando a tese das múltiplas candidaturas presidenciais, inclusive no campo do governo. O debate sobre alianças tende a ficar para o segundo turno”.
Casagrande explica que há um descompasso entre o tempo que a lei impõe para a definição sobre o domicílio de Ciro e o tempo de maturação do projeto político.
Pela lei, os políticos que desejam transferir seus títulos eleitorais de um Estado para outro precisam fazê-lo um ano antes da eleição –até 2 de outubro, portanto.
Daí a pressa do PSB. “Hoje, a tendência da maioria da Executiva é pela transferência. Depois, temos tempo para cuidar da política. O Ciro continuará percorrendo o país”.
Na última sexta (11), Ciro estava em Porto Alegre. O repórter Fabiano Costa entrevistou-o. É candiato à presidência?, perguntou. E Ciro:
“Pessoalmente, nunca vacilei nisso. Mas eu sei, com 30 anos de experiência na vida pública, que na política não é o que você quer. O meu partido é que terá a última palavra nesse assunto.
Lula desistiu da ideia de vê-lo concorrer ao governo paulista? “Disse a Lula que não era o meu desejo, mas assumo disciplinadamente a tarefa que o partido me der”.

Ecoando Casagrande, Ciro também descrê da disputa pesidencial plebiscitária que Lula sonhou para 2010.
“Lula diz idealizar que a melhor tática para o enfrentamento de 2010 é um plebiscito para os brasileiros decidirem se vai ser com Lula ou contra Lula…”
“…Digo ao presidente que acho uma tática errada. A coalizão PT-PMDB, pelo tipo de frouxidão moral que infelizmente a gente adota, não é o que importa para o país”.
Em termos práticos, ao tornar-se um político elegível em São Paulo, Ciro vai às manchetes como candidato à dúvida.
De quebra, açula as incertezas de Lula, do PT e, muito particularmente, do petista Antonio Palocci.
Desde que foi inocentado pelo STF no caso do caseiro Francenildo, Palocci tenta empinar sua candidatura ao governo de São Paulo.
A definição depende da vontade de Lula. Enquanto Ciro estiver no páreo, o presidente tende a cozinhar Palocci em banho-maria.
Fonte:Escrito por Josias de Souza

Santa Cruz: Prefeito Péricles Rocha participa do “RN 45” e permance no PSDB
Fotos: Assessoria/Rogério

Considerado pela Executiva Nacional do partido como modelo a ser seguido no país, o seminário “RN 45” reuniu neste sábado(12) lideranças políticas do PSDB da região do Trairi. Foi o 14º “RN 45” realizado no Rio Grande do Norte desde o ingresso do deputado federal Rogério Marinho no PSDB.Evento foi realizado na Câmara Municipal de Santa Cruz e na ocasião os tucanos ressaltaram o trabalho de Rogério em ampliar o leque de discussão entre os militantes do PSDB do Estado.“O PSDB demonstrou que não deseja mais ser um cartório. Isso, com todo respeito a todos os tucanos, deve-se a deputado Rogério Marinho”, disse o ex-deputado João Faustino.

A novidade ficou por conta da presença no evento do prefeito Péricles Rocha, que ao contrário do que disse o ex-senador Geraldo Melo sinalizou que permanecerá do PSDB.

Péricles garantiu que estará trabalhando em prol da eleição de Rogério para a presidência estadual do PSDB. “Estávamos carentes e precisávamos de uma pessoa como Rogério para dinamizar o nosso partido. Ficamos muito felizes com sua chegada e é nosso dever trabalhar para que o partido faça o presidente da República e se fortaleça cada vez mais”, declarou Péricles.Demonstrando satisfação com o resultado dos seminários “RN 45”, o deputado Rogério Marinho ressaltou a importância de o partido ter uma postura coerente e bem definida.Para o parlamentar, a população precisa saber sobre o que foi feito pelo PSDB durante os oito anos que administrou o país. E ter uma visão clara da posição do partido em relação aos governos estadual e federal.“Foram três meses e meio percorrendo todo o Estado e o “RN 45” não passou simplesmente pelas cidades, mas desenvolveu um trabalho para mostrar que o PSDB tem passado, presente e legitimidade para pensar no futuro deste país.

As questões regionais são muito menores do que o projeto prioritário do PSDB, que é voltar à Presidência da República”, enfatizou Rogério Marinho.Rogério anunciou que o resultado dos 14 encontros do “RN 45” será exposto em uma grande mobilização marcada para o dia 26 de setembro, no América, em Natal, com as presenças dos governadores José Serra e Aécio Neves.

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