Henrique Alves e Michel Temer tiveram seus nomes citados como beneficiários do mensalão do DEM
Foto: Divulgação
Henrique e Temer são citados como recebedores de propina
O deputado federal e líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Henrique Alves, teve seu nome citado como um dos beneficiários do que está sendo denominado de mensalão do DEM, envolvendo atos de corrupção praticados pelo governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, e seus assessores.
O diálogo no qual o nome de Henrique é citado foi gravado por Durval Barbosa, o colaborador da Polícia Federal na Operação Caixa de Pandora, com o empresário Alcyr Collaço, flagrado em vídeo colocando dinheiro na cueca.
Além de Henrique, também foram citados o presidente da Câmara, deputado Michel Temer, e mais dois deputados federais do PMDB.
Confira reportagem publicada na Folha de S.Paulo, edição desta quinta-feira(3):
Integrantes da cúpula do PMDB são citados como beneficiários do mensalão do DEM em diálogo gravado por Durval Barbosa, o colaborador da PF na Operação Caixa de Pandora, com o empresário Alcyr Collaço, flagrado em vídeo colocando dinheiro na cueca.
A Folha teve acesso ao vídeo no qual Collaço fala sobre uma suposta propina paga a caciques peemedebistas na Câmara: o presidente da Casa, Michel Temer (SP), o líder do partido na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), e os deputados federais Eduardo Cunha (RJ) e Tadeu Filippelli (DF).
Esse é o grupo que chancelou a permanência de Filippelli no comando do PMDB-DF, forçando a saída de Joaquim Roriz do partido em setembro. Roriz foi rifado com a aliança dos peemedebistas com o governador José Roberto Arruda (DEM). O democrata o acusa de estar por trás das denúncias.
Na gravação, Barbosa diz que Arruda “dava 1 milhão por mês para Filippelli”. Collaço fala em outro valor e detalha a suposta partilha: “É 800 pau [sic]. Quinhentos pro Filippelli, 100 para o Michel, 100 para Eduardo, 100 para Henrique Alves“.
O vídeo foi entregue à Polícia Federal, mas não há menção a gravação a nenhum dos peemedebistas citados. Deputados federais só são investigados com autorização do Supremo Tribunal Federal.
“Não sei por qual razão se destinaria verba para mim. É mais uma infâmia, lamento dizer isso”, afirmou Temer.
Filippelli disse que vai acionar Barbosa e Collaço na Justiça.
Henrique Eduardo Alves não foi localizado.
Eduardo Cunha afirmou que “não tem qualquer relação com essas pessoas”.
Fonte:Blog do Oliveira