Apagão de mão de obra: 1,6 milhões de vagas sobram no Brasil
Falta qualificação para preencher empregos no mercado
O desemprego é uma das maiores preoc upações dos brasileiros. Mas existem 1,6 milhões de vagas disponíveis no mercado que ainda não foram preenchidas por falta de capacitação profissional baixa escolaridade em áreas chaves da economia e do desenvolvimento. O deputado federal Rogério Marinho (PSDB/RN) levou essa discussão para o Plenário na manhã desta quinta-feira (18/03).

“O sistema educacional brasileiro destoa de todos os sistemas educacionais mais produtivos na questão da formação profissional e técnica: o ensino médio brasileiro não oferece as oportunidades diversificadas de profissionalização, praticamente só há uma opção de ensino médio, forçando a todos a se submeterem a uma lógica de formação exclusiva e redutora. Não há oferta de formação profissional para atender a demanda e a matrícula no ensino técnico não chega a atingir 900 mil alunos no Brasil” discursou Rogério.

O temido apagão não é uma novidade. O problema foi intenso nos anos 2007 e 2008 e volta como um verdadeiro fantasma em 2010, ano em que as previsões de crescimento do PIB estão entre 5 e 6%. Faltam por exemplo, engenheiros. Segundo o presidente da Federação Nacional de Engenheiros (FNE), o país forma por ano 40 mil profissionais e precisará, pelo menos, dobrar este número para dar prosseguimento ao crescimento econômico. Outro exemplo é a falta de profissionais de matemática, química, biologia e física. Estima-se, a partir de projeções do MEC, que faltam mais de 250 mil professores destas áreas no Brasil.

Um estudo do Banco Interamericano de Desenvolvimento divulgou, em 2008, constatando que mais da metade dos latino-americanos entre 15 e 19 anos não tem um nível adequado de educação para conseguir um trabalho bem remunerado, no Brasil, o percentual nesta situação é de 71,6%. A média de anos de estudo no Brasil não passa de seis anos, em países como a França e o México, por exemplo, é exibida uma média de 12 anos de escolaridade, o dobro da escolaridade brasileira.

“Os diversos processos de ampliação da escolaridade básica e de terceiro grau, nos últimos 20 anos, somente foram bem sucedidos em seus aspectos quantitativos. Foram construídas escolas em massa, mas sem a efetividade essencial que é o aprendizado, sem um corpo de profissionais bem pagos e bem formados para ensinar os estudantes e formar os profissionais para tocar com efetividade o crescimento econômico” enfatizou o tucano.

Nos próximos anos será preciso enfrentar esta questão vital: incrementar o Capital Humano nacional. Diversificação, mérito e qualidade da educação são as chaves do desenvolvimento sustentável. Estes devem ser também os objetivos para a revisão do Plano Nacional de Educação, oportunidade ímpar para o País indicar o caminho da superação dos aspectos do subdesenvolvimento brasileiro.
Fonte:Assessoria de Comunicação

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