PSB marca reunião para decidir o que fazer com Ciro
Folha
O encontro foi agendado depois que Ciro, hoje um candidato de si mesmo, converteu-se em franco atirador contra sua própria legenda.
Num par de artigos veiculados na página que mantém na web, Ciro cobrou “ousadia” do PSB. No último texto, anotou:
“O que é o PSB? Um ajuntamento como tantos outros, ou a expressão de um pensar audacioso e idealista sobre o Brasil? Vai se decidir isto agora”.
A maioria do PSB pende para o apoio a Dilma Rousseff, a candidata de Lula. Parte-se do raciocínio de que o projeto de Ciro não decolou.
Emparedado por Lula, Ciro não conseguiu atrair para o seu lado nenhum outro partido.
Candidatando-se, o deputado teria escassos dois minutos para vender o seu peixe no rádio e na televisão.
De resto, os índices obtidos pelo ‘quase-ex-futuro-candidato’ nas pesquisas não lhe conferem a musculatura de um concorrente competitivo.
No primeiro artigo que pendurara na internet, Ciro convidara o PSB a “pensar grande”. Argumentara que, mesmo que sua cruzada resultasse em derrota, o partido sairia no lucro.
Valendo-se de uma metáfora futebolística, Ciro dissera que time que não joga não atrai torcida.
Invocara o exemplo do próprio Lula, derrotado três vezes antes de virar presidente. O PSB não parece sensibilizado pelos argumentos. Longe disso.
Será no dia 27 de abril a reunião em que a Executiva nacional do PSB vai deliberar sobre o futuro de seu pseudopresidenciável, Ciro Gomes.