Marina oficializa neutralidade para segundo turno

DE SÃO PAULO

Terceira colocada na eleição presidencial, Marina Silva (PV) oficializou na tarde deste domingo a opção pela neutralidade no segundo turno, como a Folha antecipou neste domingo.


Em votação simbólica, a ex-presidenciável, que recebeu 19,6 milhões de votos, referendou a posição para a nova etapa da corrida presidencial.
Dos cerca de 170 votantes, apenas quatro declararam apoio a Dilma Rousseff (PT) ou José Serra (PSDB). Mesmo Fernando Gabeira, o candidato derrotado ao governo do Rio que contou com o apoio do tucano no primeiro turno, preferiu a independência do partido.
Individualmente, os filiados estão liberados para aderir às campanhas da petista ou do tucano. É o que Gabeira faz ao endossar a candidatura de Serra.

“O fato de não ter optado por um alinhamento neste momento não significa neutralidade quanto aos rumos desta campanha”, disse Marina, na convenção do PV em São Paulo, em um espaço cultural na Vila Madalena.
Ela leu carta aberta com críticas ao que chamou de “dualidade destrutiva” entre PT e PSDB. Segundo Marina, os dois partidos pregam a “mútua aniquilação” na disputa entre Dilma e Serra.
“A agressividade do seu confronto pelo poder sufoca a construção de uma política de paz”, atacou a senadora. A verde prometeu ainda defender sua fé –ela é evangélica–, sem contudo usá-la “como arma eleitoral” –uma crítica à dominação da pauta religiosa nesta nova fase da disputa.
O secretário de Comunicação do PV, Fabiano Carnevale,  afirmou à Folha antes da convenção que a cúpula do partido se comprometeu a não aprovar decisão diferente da de Marina. “Está combinado que a posição oficial do PV será a mesma de Marina. Vamos marchar juntos.”


Brasil     
PT vai oferecer apoio ao PMDB para presidir Senado em troca do apoio a presidência da Câmara dos Deputados
Depois do 2° Turno e com a confirmação da vitória de Dilma Rousseff (PT) para a presidência da República o PT terá novos planos para assumir outro poder: a Câmara dos Deputados. Como elegeu a maior bancada com 88 deputados contra 79 do PMDB, o partido de Lula quer vê o deputado Cândido Vaccarezza (SP) na presidência da Câmara. O deputado potiguar Henrique Eduardo Alves (PMDB) teria seu sonho anunciado em todas as cidades durante sua campanha, adiado…
Em troca, o PT apoiaria um nome do PMDB para presidir o Senado Federal. Lá, os peemedebistas têm 19 senadores contra 13 dos petistas. Partidos aliados como PDT, PR e PSB tem quatro cada. O PC do B tem 2 e PSC e o PRB tem um cada. Só na base governista seria suficiente a vitória com 48 votos. A oposição no Senado só terá 26 senadores.


DEU NA FOLHA DE S. PAULO

61 políticos eleitos são proprietários de rádios ou TVs

Reeleitos, Antônio Bulhões e Arolde Oliveira atuam em comissão que regula concessões
Felipe Bächtold e Sílvia Freire
Afiliadas da Globo, da Record, do SBT e da Band e uma série de pequenas rádios são de propriedade de 61 políticos eleitos no último dia 3.
O patrimônio declarado em empresas de rádio e TV é de cerca de R$ 15 milhões.
Na campanha, esses meios de comunicação podem, em tese, ajudar a promover a imagem de seus sócios.
Levantamento da Folha com declarações de bens localizou 91 participações em rádio e TV. Entre elas, o senador José Agripino Maia (DEM-RN) e as famílias de Jader Barbalho (PMDB-PA), Renan Calheiros (PMDB-AL) e José Sarney (PMDB-MA).
A lei permite que ocupantes de cargos no Executivo ou Legislativo sejam sócios de empresas de rádio e TV e proíbe que estejam à frente da gestão das emissoras, o que é pouco fiscalizado.
O maior patrimônio declarado é de Júlio Campos (DEM-MT), eleito deputado federal: uma rede de TV de R$ 2,9 milhões. A seguir, vêm os irmãos Roseana (DEM) e Zequinha Sarney (PV).
Dos 61 eleitos, pelo menos dois deputados participam da Comissão de Comunicação da Câmara, que aprova as renovações de rádio e TV: Antônio Bulhões (PRB-SP) e Arolde Oliveira (DEM-RJ).

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