Líder do PMDB: ‘Nunca vi partido ser tão injustiçado’

Líder do PMDB: ‘Nunca vi partido ser tão injustiçado’

  ABr
O deputado Henrique Eduardo Alves (RN) foi reconduzido à liderança do PMDB.
Discursou para os liderados como comandante que prepara a tropa à beira do campo de batalha.
Falou grosso, como se desejasse lançar a voz para além dos limites da sala, fazendo-a chegar a tímpanos petistas.
Diz o brocardo: para bom entendedor, meia palavra basta.
Pois Henrique preferiu os vocábulos inteiros. Coisa que bastasse até para meio entendedor.
Num instante em que PMDB e PT se desentendem falando o mesmo idioma, Henrique soou claro:
“Nunca vi um partido ser tão injustiçado e agredido como nos últimos dois meses. Nunca apanhei tanto…”
“…Nos perfis que recebi, os adjetivos mais leves eram de ‘aliado incômodo’ e ‘fisiológico’…”
“…Isso não me atemoriza, vou continuar lutando por espaços de um partido que lutou para ganhar a eleição. Os governos passam, o PMDB fica”.
O líder pemedebê parecia decidido a desobstruir a traquéia: “Não vou mais aceitar isso. Ganhamos o governo para governar com ética…”
“…Temos o direito de indicar nomes qualificados, porque seremos cobrados nas ruas pela co-responsabilidade nesse governo”.
Henrique arrematou: “A presidente Dilma pode ficar sossegada. Somos co-aliados, não sou um aliado incômodo…”
“…O caminho que o PMDB quer construir no governo não tem o medo, omissão, covardias ou safadezas. É o caminho da verdade, coragem e do desassombro”.
Tomada pelo que diz em privado, Dilma sonha mesmo com o sossego. Mas não parece enxergar no desassombro do PMDB barbitúrico capaz de lhe devolver o sono.

Escrito por Josias de Souza 

Má notícia para Kassab: ACM Neto é eleito novo líder

  Sérgio Lima/Folha
O deputado ACM Neto (BA) prevaleceu sobre o rival Eduardo Sciarra (PR) na disputa pela cadeira de líder do DEM na Câmara.
Numa bancada de 43 deputados, o neto de ACM arrastou 27 votos. O adversário, apenas 16.
A notícia é ruim, muito ruim, péssima para o prefeito Gilberto Kassab (SP) e para o ex-senador Jorge Bornhausen (SC), patronos de Sciarra.
A dupla Kassab-Bornhausen pega em lanças para apear do comando do partido o grupo de Rodrigo Maia (RJ), atual presidente do DEM.
A briga pela liderança funcionou como prévia da convenção de 15 de março, que escolherá o novo presidente do DEM federal.
ACM Neto escalou o ringue desta segunda (31) como representante da ala anti-Kassab. Junto com Sciarra, mandou à lona o ex-senador Marco Maciel.
Convidado por Kassab e Bornhausen a assumir-se como candidato à presidência do DEM, Maciel aguardava.
Suas chances como que ruíram no placar dilatado da Câmara.
No córner oposto, o senador José Agripino Maia (RN) teve tonificadas as chances de assumir, em março, o comando do DEM.
Agripino já dá as cartas no Senado. Exceto pela senadora Kátia Abreu (TO), controla a bancada ‘demo’. Agora, tem do seu lado também a maioria da Câmara.
De malas prontas, Kassab prepara a mudança para o PMDB. Sonhava com um comando partidário que, amistoso, não lhe causasse problemas. Deu chabu.
Fonte:blog do Josias

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