O primeiro desgaste de Rosalba

Deu no Diário de Natal

Foto:Divulgação

A nomeação do ex-prefeito de Goianinha Rudson Lisboa, o Disson, para o cargo de diretor administrativo da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) provocou o primeiro desgaste administração da governadora Rosalba Ciarlini (DEM). Durante a campanha, a democrata se comprometeu a não nomear pessoas processadas pela Justiça por corrupção. No entanto, Disson responde a 24 processos judiciais. Desses, a maioria é por improbidade administrativa. Há ainda contra ele três ações penais. O ex-prefeito de Goianinha foi a única indicação política do vice-governador Robinson Faria (PMN) no governo. O perfil do novo diretor administrativo da Caern joga por terra todo o discurso de transparência e trato com o dinheiro público entoado por Rosalba no dia da sua posse. Em protesto contra a indicação de Disson, os servidores da Caern farão um protesto, durante toda a manhã da próxima quinta-feira, cobrando a exoneração do diretor. Antes de aceitar indicação dos aliados, é melhor a governadora começar a examinar a ficha do escolhido.

Reforma política e a volta dos que não foram

Reforma política é um clichê que pode implicar avanço ou retrocesso. Depende dos objetivos de quem vai comandá-la. Pode acabar com partidos de aluguel e corrigir distorções de representação, ou mudar as aparências para manter tudo como está.
José Sarney convocou os colegas de Senado e Presidência, Fernando Collor e Itamar Franco, para compor a comissão que vai tratar da tal reforma. O trio representa a vanguarda do passado do país. E planejará seu futuro.
Não se pode negar que eles têm muita experiência nos temas principais da reforma. Já trocaram várias vezes de partido, já usaram legendas de aluguel, já barganharam a formação de maiorias parlamentares de modo franciscano.
Não se deve esperar, porém, que imponham barreiras eleitorais aos partidos, ou que corrijam a desproporção que faz o voto de um paulista que mora em Roraima valer 11 votos de roraimenses que vivem em São Paulo.
Senador por um Estado onde não mora, o Amapá, Sarney entrou para a história ao trocar suas origens no PDS/PFL/DEM pelo PMDB, o que ajudou a transformar o partido da oposição à ditadura na confederação de interesses que está aí.
Collor foi eleito presidente pelo PRN, um partido nanico que já foi PJ e hoje atende por PTC. Sua história é tão grandiosa quanto a passagem collorida pelo Planalto. Itamar foi sua consequência.
Juntas, as siglas partidárias que já abrigaram o trio formam quase um alfabeto.
Enfim, a reforma política parece que será comandada por aqueles que tornam necessário reformar a política. Como já virou moda dizer no Twitter, não deverá passar de um puxadinho.
A governadora Rosalba Ciarlini ainda não anunciou o calendário de pagamento do funcionalismo público estadual referente ao mês de fevereiro.
É possível que até o dia 15, como ocorreu no mês de janeiro, a governadora anuncie a data em que o Estado fará o pagamento de fevereiro aos servidores estaduais.
Rosalba tem dito que mesmo com as dificuldades enfrentadas pelo Estado, o pagamento do funcionalismo é prioridade no seu Governo.

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