Expectativa do IDIARN é vacinar mais de 90% do gado em 2011

Por Assecom-RN
O prazo final para a apresentação da guia de vacinação para a febre aftosa ainda não acabou, mas o Governo do Estado já pode comemorar.  Das 950 mil vacinas colocadas a disposição dos criadores, 91,3% foi comercializada, podendo superar em mais de dez por cento o índice de vacinação registrada no ano passado, que chegou a 80%, isso devido ao período prolongado de estiagem, fazendo com que o criador tenha receio de vacinar o gado. Em 2011, o inverno contribuiu com as pastagens e na engorda dos animais, uma forma de incentivo à vacinação, que atinge todas as regiões do RN.

O período de campanha durou exatamente trinta e um dias, iniciando em 1° de maio, seguindo até o dia 30, porém, quem vacinou o seu rebanho tem até o dia 15 de junho para fazer a Declaração de Vacinação nas Secretarias de Agricultura dos Municípios, EMATER e nos escritórios do IDIARN, recebendo a GTA, Guia de Trânsito Animal, que autoriza o deslocamento em todo o Rio Grande do Norte. O pecuarista que for pego sem a GTA recebe uma multa e se for secundário, isto é, não tiver vacinado o rebanho em 2010, já é multado automaticamente. Se o agricultor tiver dificuldade em fazer a Declaração de Vacinação, devido à greve da EMATER, deve procurar a jurisdição do IDIARN mais próxima.

Passando esse período, o criador ainda pode vacinar o gado, mas para isso precisa de uma autorização do Instituto, quando receberá um auto de infração e terá que apresentar uma justificativa pela falta de vacinação.  Dependendo da resposta, o criador pagará uma multa.
“O gado não vacinado gera transtornos não só para o criador, mas também para o Estado, que recebe uma auditoria do Ministério da Agricultura para verificar os índices de vacinação, podendo, ou não, manter ou mudar status, que hoje é de médio risco da febre aftosa”, diz Marcelo Maia, diretor de Defesa e Inspeção Sanitária Animal do IDIARN.

No status de Risco Médio para a doença, as exportações ficam restritas somente para aqueles Estados que também possuem a mesma situação. Já com a Zona Livre, as exportações estão liberadas, fazendo com que haja um maior desenvolvimento do setor.
Os dados completos só estarão à disposição após o dia quinze deste mês, quando termina o prazo para a entrega da declaração pelos pecuaristas.

DOENÇA
A febre aftosa é uma doença extremamente infecciosa. O vírus se isola em grandes concentrações no líquido das vesículas, que se formam na mucosa da língua e nos tecidos moles em torno das unhas. O sangue contém grandes quantidades de vírus durante as fases iniciais da enfermidade, quando é muito contagiosa.

A gravidade da doença não decorre das mortes que ocasiona, mas principalmente dos prejuízos econômicos, atingindo todos os pecuaristas, desde os pequenos até os grandes produtores. Causa, em conseqüência da febre e da perda de apetite, sob as formas de quebra da produção leiteira, perda de peso, crescimento retardado e menor eficiência reprodutiva. Pode levar à morte, principalmente os animais jovens. As propriedades que têm animais doentes são interditadas. Os animais doentes podem adquirir com maior facilidade outras doenças, devido à sua fraqueza. A única forma de prevenir a doença é vacinando o rebanho.

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