Aliados cada vez mais distantes Corrida às prefeituras deve colocar PCdoB e PSB em palanques opostos ao PT na maioria das capitais

Aliados históricos do PT, PSB e PCdoB planejam ser adversários dos petistas nas eleições municipais do ano que vem, nas maiores cidades do país. Seja com candidato próprio ou em alianças com partidos de oposição à presidente Dilma Rousseff, os quadros desenhados até aqui mostram que as conversas estão azedas em várias capitais. Fazem parte da lista São Paulo, o maior colégio eleitoral do país, Belo Horizonte, Salvador, São Luís e Florianópolis, além de cidades paulistas importantes como Campinas, São Vicente e Jundiaí.

Em São Luís, o PT deve priorizar aliança com o PMDB em detrimento da possível candidatura de Flávio Dino (PCdoB) Foto: Honório Moreira/OIMP/D.A Press Na corrida pela prefeitura paulistana, o PT terá candidato próprio – os favoritos são a senadora Marta Suplicy e o ministro da Educação, Fernando Haddad. O PCdoB pretende lançar o vereador Netinho de Paula. Outro aliado histórico petista, o PSB, avisou ao governador Geraldo Alckmin que apoia o nome tucano desde que o concorrente não seja da alçada de José Serra.

O favorito de Alckmin é o secretário de Meio Ambiente, Bruno Covas. O dirigente socialista Márcio França, secretário de Turismo do governo Alckmin, disse que só haveria chance de apoiar um nome do PT na capital caso o candidato fosse um dos deputados federais: Jilmar Tatto, Carlos Zarattini ou Arlindo Chinaglia. “Em São Paulo, nós somos governo. Então é mais fácil caminhar com eles. E é pouco provável que os deputados do PT sejam candidatos”, afirmou França.

O presidente do PCdoB, Renato Rabelo, disse ser emblemático para o partido ter candidato próprio em São Paulo e lembrou que Netinho teve votação expressiva para o Senado, ficando em terceiro lugar, com diferença diminuta para Marta Suplicy. Rabelo afirmou que a candidatura tem apoio do PDT e pretende avançar nas conversas com o PSB. “O PSB está sem alternativa, precisa apoiar alguém e se reunirmos apoio dos dois partidos teremos uma candidatura forte”, desenhou Rabelo.
Márcio França disse que houve conversas, mas descartou avanços por considerar Netinho competitivo, mas sem densidade suficiente para chegar à Prefeitura. Por conta dessas barreiras, há comunistas que pensam diferente de Renato Rabelo e acreditam haver espaço para conversas com o PT caso o candidato seja Haddad e não Marta.

O mesmo quadro de separação entre PT e aliados é observado em São Luís. O PCdoB voltará a apostar no presidente da Embratur, Flávio Dino, para disputar a prefeitura e terá o apoio do PSB. O PT, pela visão da direção nacional, deve primeiro conversar com o PMDB, da governadora Roseana Sarney.
Fonte:dnonline

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