Dívidas rurais: Banco do Nordeste destaca emenda de Agripino

Credito: Agencia Senado (José Cruz e Waldemir Barrto)

O Banco do Nordeste (BNB) está convocando os pequenos agricultores rurais de todo o Brasil para receber os benefícios do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar, o Pronaf. Micro, pequenos e médios produtores rurais, bem como suas cooperativas e associações, que contrataram dívidas de operações rurais até 15 de janeiro de 2001, com valor original de até R$ 35 mil, terão seus débitos renegociados.

O projeto é decorrencia de uma emenda apresentada pelo senador José Agripino (RN) á medida provisória 472 e, só no Rio Grande do Norte, beneficiará cerca de 17 mil produtores rurais. A atuação do senador potiguar foi primordial para que, em maio de 2010, o Congresso aprovasse a medida provisória (MP) 472, que garantiu o perdão de R$ 1,6 bilhão de dívidas rurais.

“Uma das coisas que eu mais me orgulho na minha vida parlamentar foi ter lutado pela aprovação da dívida para o pequeno produtor rural, que adquiriu suas dívidas não por mau caratismo, mas que foi prejudicado por questões climáticas. Com muito trabalho, inclusive obstruindo a pauta de votações à época, conseguimos incorporar ao texto da MP 472 o perdão do pequeno produtor rural”, frisou Agripino.

Renegociação

O gerente executivo da Superintendência Estadual do BNB, Orlando Gadelha, disse que a instituição financeira tem mobilizado agências e parceiros  em todos os municípios em que atua para realizar reuniões com associações de produtores rurais, sindicatos e Câmaras Municipais com objetivo de esclarecer os aspectos da Lei, com vistas à adesão do maior número de clientes enquadráveis tem sido uma constante.  “Temos vários mecanismos de renegociação e, com certeza, o produtor poderá sair com a solução para o seu caso específico”, explicou.

Até o dia 30 de novembro deste ano, 17.247 mil produtores rurais do Rio Grande do Norte têm direito de liquidar suas dívidas no Banco do Nordeste. Eles poderão ser beneficiados com descontos que variam de 45% a 85%, a depender do município onde se localize o empreendimento, no âmbito da Lei 12.249/2010. “O cliente poderá reduzir ou liquidar seu endividamento e recuperar sua capacidade produtiva, podendo, inclusive, restabelecer o seu acesso ao crédito”, afirmou Gadelha.

Desde a promulgação da lei, em junho de 2010, cerca de 12 mil operações já foram liquidadas. Além dos descontos, o recálculo das operações é feito sem cobranças de juros de atraso, multa ou sanção. “Agora o pequeno agricultor não precisará ficar com medo do oficial de justiça que aparece na sua porta, ameaçando tirar sua fonte de sustento”, comemorou ao senador José Agripino.

Confira as regras para perdão e descontos das dívidas rurais:

Perdão para dívidas atuais inferiores a R$ 10 mil.

– Se um produtor do Nordeste tomou, até 15 de janeiro de 2001, empréstimo em valor não superior a R$ 35 mil, e deve hoje, desse empréstimo, até R$ 10 mil, terá o perdão inte­gral dessa dívida.

Descontos para dívidas de empréstimos, em valor de até R$ 15 mil na origem, contratados até 15 de janeiro de 2001.

– Os produtores do semiárido nordestino terão 85% de des­conto do valor do débito atualizado, incluindo os juros.

– Em regiões do Nordeste fora do semiárido, o desconto será de 65% sobre o valor atualizado.

Perdão e descontos para as dívidas do PRONAF Grupo B

– As dívidas como valor original (da época de contratação) de até R$ 1.000,00 e desde que contratadas até 31 de dezembro de 2004, serão perdoadas em sua totalidade, independente da região, benefician­do os produtores de todo Brasil.

– As dívidas de valor origi­nal (da época de contratação) de até R$ 1.500,00 e desde que já­tatadas entre 01 de janeiro de 2005 a 31 de dezembro de 2006, terão desconto de 60% se liquidadas até 30 de novembro de 2011, indepen­dente da região, beneficiando pro­dutores de todo Brasil.

Débitos de crédito rural inscritos em dívida ativa (D)

– Nesses casos, o produtor terá até o dia 31 de outubro deste ano para renegociar a dívida. Iniciadas as negociações, as execuções fiscais e respectivos prazos processuais ficarão suspensos até o dia 31 de novembro.

Descontos para dívidas contratadas entre R$ 15 mil e R$ 35 mil

– Os produtores do Nordeste da região do semiárido terão 75% de desconto do valor do débito, atualizado, incluindo os juros.

– Em regiões do Nordeste fora do semi­árido, o desconto será de 45%.

* Os descontos mencionados se darão para financiamentos contratados até 15 de jáaneiro de 2001.

Dívidas superiores a R$ 80 mil

– Nesses casos, caso o devedor não apre­sente capacidade de pagamento, o Poder Exe­cutivo poderá negociar um desconto aci­ma dos valo­res descritos, no caso da liquidação do débito.

 R$ 5.00 por tonelada de cana

– Outra determinação da MP 472 conce­de ao agricultor R$ 5,00 por cada tonelada de cana-de-açúcar retirada do Nordeste na safra 2009/2010 e vendida às usinas de açúcar e álcool. O limite será de 10 mil toneladas por produtor. Entre os beneficiados, 96% serão pequenos proprietários. O subsídio se dará diretamente aos produtores ou por meio de cooperativas. É uma medida fundamental para evitar que trabalhadores tenham prejuízos por causa do aumento dos preços das operações com cana.

6 Comentários

adalberto cardoso de almeida  em 6 de abril de 2013

gostaria de saber, no meu caso, meu pai tomou emprestimo junto a cooperativa do barro, meu pai e minha mae já são falecidos, porem o banco do nordeste continua cobrando a divida, como tambem não deram baixa na cooperativa, é justo eu pagar esta divida?

claudia  em 10 de maio de 2013

gostaria de saber se este anuncio dessa emenda e valida para este ano de 2013 de dividas rurais com o banco o nordeste? por favor se alguem saber mi respondam!

ZARU  em 21 de maio de 2013

minha mãe fez um emprestimo rural em 1996 junto ao bnb. foi pagas umas parcelas e outras não, ela já
morreu e o banco já execultou o que podemos fazer.

agradeço a quem me responder.

Emanoel  em 10 de julho de 2013

Fica muito difícil o produtor saber a explicação descrita acima a respeito dos que devem acima de R$ 80.000,00. Porque estas explicações não mais claras, pra quando chegarmos ao banco vamos seguros?

Emanoel  em 10 de julho de 2013

Fica muito difícil o produtor saber a explicação descrita acima a respeito dos que devem acima de R$ 80.000,00. Porque estas explicações não serão claras, pra quando chegarmos ao banco vamos seguros?

heros mota de oliveira  em 14 de novembro de 2013

amnha a ssociaso e do banco da terra nossa divida coletiva mais meus companheiro nao ten comdisao de paga como fasso para individualisa a minhas comta eu quero paga mais fico dependendo deles

Deixar um comentário