Agripino critica passividade do Executivo diante dos escândalos de corrupção

Em viagem fora do Brasil, o presidente nacional do Democratas, José Agripino (RN), criticou a passividade da presidente Dilma Rousseff frente aos recentes escândalos de corrupção envolvendo mais um Ministério – dessa vez o do Esporte. Para o parlamentar, a falta de atitude da chefe do Executivo gera na sociedade a sensação de conivência e impunidade.

 

O senador garantiu que o DEM vai acompanhar de perto as investigações e exigir a punição de todos os culpados. “Nós vamos tomar providências no campo criminal para que, diante das evidências mostradas, entremos com processo de denúncia, apreciação dos fatos e impetração de processo criminal contra aqueles que forem flagrantemente imputados de culpa”, frisou.

O presidente do DEM também criticou a postura da base aliada ao governo federal em sempre impedir as investigações dos fatos. A oposição ainda tenta coletar as assinaturas necessárias para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar todos os escândalos do governo Dilma. “Como o governo impede a instalação das comissões parlamentares fica mais complicado a elucidação dos fatos. Nós tentamos e o governo subtrai as assinaturas. É um acalento para a impunidade”, conclui.

O ministro do Esporte, Orlando Silva, é acusado pelo policial João Dias Ferreira de participar de um esquema de desvio de R$ 40 milhões em oito anos, envolvendo convênios com Organizações Não Governamentais (ONGs).

Caso no STF

Nesta terça-feira (25) o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a abertura de inquérito para investigar o envolvimento do ministro no suposto esquema de desvio de dinheiro público do programa Segundo Tempo. A ministra da Corte, Carmen Lúcia, responsável pelo caso, pediu ainda que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) remeta em 48 horas ao STF o inquérito a respeito de possíveis irregularidades cometidas pelo atual governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), quando era chefe da pasta. Ela quer verificar se há conexão entre as duas investigações antes de decidir se elas devem tramitar em conjunto, conforme solicitou a Procuradoria Geral da República (PGR). A ministra Cármen Lúcia pediu também ao Tribunal de Contas da União (TCU) que envie para o STF informações sobre eventuais processos de fiscalização de convênios suspeitos do Ministério do Esporte.

 

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