Líder de movimento grevista na Bahia é preso em Salvador
O líder policiais militares que estavam em greve desde o dia 31 de janeiro foi preso na manhã desta quinta-feira, em Salvador. Marco Prisco, que tinha contra ele um mandado de prisão, foi capturado após a decisão dos grevistas em terminar a ocupação da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), junto com outro líder do movimento, Antonio Angelini. Eles saíram pelos fundos do prédio, o que era uma exigência para que se entregassem.
Segundo o coronel Márcio Cunha do Exército, em entrevista à Globo News, Prisco teria se entregado a homens da Polícia do Exército e da Polícia Federal e encaminhado ao batalhão da Polícia do Exército em Salvador.
O movimento teria enfraquecido após a divulgação de gravações telefônicas que revelaram a participação do líder em ações de vandalismo. Em trechos divulgados no Jornal Nacional desta quarta-feira, ele aparece ordenando que um homem bloqueie uma rodovia federal. “Eu vou queimar viatura… Eu vou queimar duas carretas agora na Rio-Bahia que não vai dar tempo…”, afirma o interlocutor, ao que Prisco responde: “Fecha a BR aí meu irmão. Fecha a BR.” Prisco nega ter participado de atos de violência.
De acordo com o advogado dos manifestantes, Rogério Andrade, Prisco decidiu se entregar por conta da “inflexibilidade do governo para negociar” e com o objetivo de evitar um conflito armado. Andrade explica que a rendição inviabiliza a continuidade da greve. “Na teoria o movimento acabou, porque o comando é retirado do movimento, que está fragilizado”, explica.
Do portal Terra