Rogério: “Governo propõe ensino inalcançável e impossível de ser colocado em prática no país”

No último dia 2 de janeiro, o Ministério da Educação e o Conselho Nacional de Educação publicaram resolução que define as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. A proposta é manter 14 matérias de forma obrigatória e incluir cinco disciplinas transversais, o que significa 2,4 mil horas de aula e mais 800 horas de ensino técnico.

Para o deputado federal Rogério Marinho (PSDB), que fez discurso sobre o tema na tribuna da Câmara na tarde desta terça-feira (14), “o governo propõe um ensino inalcançável e impossível de ser colocado em prática no país”. O parlamentar acredita que esta proposta vai burocratizar ainda mais o atual ensino médio, e lhe separar “de forma definitiva da realidade profissional”.

Líder do PSDB na Comissão de Educação da Câmara, Rogério alerta para a necessidade de se discutir a flexibilização e a diversificação do ensino médio dentro do Plano Nacional de Educação, que será votado este ano no Congresso Nacional. O deputado afirma que, sem estas mudanças, esta etapa do ensino se tornará “desinteressante e alienada da realidade do país, nós mataremos de vez os sonhos e projetos dos jovens”.

Rogério defende a implantação de uma reforma no ensino médio nacional. O objetivo seria “ampliar chances e oportunidades e não restringir e tolher os sonhos de um futuro próspero e produtivo dos adolescentes brasileiros”

Um exemplo de flexibilização do ensino médio, citado por Rogério em seu discurso, é o Metrópole digital, criado pelo deputado e implantado com sucesso pela UFRN. O projeto seleciona e capacita jovens talentos da informática para produção de softwares e hardwares.

Segundo números do último Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), em média, nas três séries do ensino médio, foram reprovados ou abandonaram o ano letivo 26% dos alunos. Na rede privada, no mesmo período, foram reprovados ou abandonaram a escola 7% dos estudantes. “A diferença de aproveitamento é brutal”.

“Sem dúvida alguma, o maior desafio da educação brasileira é alcançar o mínimo de qualidade no ensino. A realidade nos mostra que poucos aprendem e muitos aprendem muito pouco. Apesar das fartas e fantasiosas propagandas, não há resultados efetivos e positivos a serem apresentados ou comemorados”, finalizou Rogério.

 

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