PMDB do RN poderá continuar unido em 2013 com o governo de Rosalba

Entrada de novos peemedebistas no governo deve evitar rompimento

O provável rompimento político do PMDB com o governo Rosalba Ciarlini, do DEM, não acontecerá agora numa decisão estratégica dos líderes peemedebista, segundo fontes do partido, mesmo sendo o senador Garibaldi Filho, sua principal referência eleitoral, defensor do afastamento do PMDB com o governo motivado por insatisfações e reclamações generalizadas de correligionários e aliados, também, nos diversos municípios do Rio Grande do Norte. Em função disso, cresce a tese de candidatura própria do PMDB, através de declarações públicas dos líderes peemedebistas.

Já se pronunciaram favoráveis a uma candidatura própria do PMDB ao Governo do Estado, lideranças como os deputados Hermano Morais e Gustavo Fernandes, ex-deputado Álvaro Dias, vereador de Caicó, Raimundo Inácio (Lobão), atual presidente da Câmara Municipal, e o secretário-geral do partido, ex-deputado Elias Fernandes, todos citando Garibaldi Filho, Henrique Eduardo e Walter Alves como nomes fortes eleitoralmente que poderão ser convocados pelo partido para uma candidatura a governador em 2014, caso o PMDB decida romper politicamente com Rosalba Ciarlini e afaste-se do seu  governo.

COMPLICADOR

Entretanto, existe um complicador no momento que pode impedir o rompimento com o  governo. É que o deputado Henrique Eduardo encontra-se em campanha para a presidência da Câmara Federal e obviamente precisa arregimentar votos de todos os partidos com representação na Casa, inclusive com o DEM da governadora Rosalba Ciarline e o afastamento do PMDB pode prejudicar o parlamentar peemedebista, que já tenta se livrar do que chamam de “fogo amigo”.

MOTIVO DA DISCÓRDIA

Consta que quem estaria à frente das denúncias de favorecimento à empresas de auxiliares por parte de Henrique Eduardo seria o ex-ministro Gedel Vieira Lima, que teria disputado o governo da Bahia contra um integrante do PT, Jaques Vagner, a revelia do PMDB e do próprio Henrique Eduardo, aliado da presidenta Dilma Rousseff. Os líderes do PMDB, tendo à frente Henrique Eduardo, aconselharam Gedel que não fosse candidato a governador da Bahia, mas não teve jeito. Ele manteve a candidatura contra o PT, foi derrotado e criou um mal estar nas relações do PMDB com os petistas baianos.

ESPAÇO NO GOVERNO

Com o possível retardamento na decisão de rompimento político com o governo, o PMDB deverá ter o seu espaço ampliado na administração da mossoroense Rosalba Ciarlini, atualmente restrito a presença do professor Luiz Eduardo Carneiro Costa na SETHAS, mesmo sabendo-se que a indicação foi mais pessoal do senador Garibaldi Filho, do que partidária. Fala-se agora, que o engenheiro Elias Fernandes, ligado politicamente ao deputado Henrique Eduardo, será secretário de Recursos Hídricos no lugar de Gilberto Jales, que seria remanejado para outra função dentro do governo. Elias Fernandes é um quadro qualificado do PMDB, que foi diretor-geral do DNOCS, conhece a realidade hídrica do Estado e já ocupou o cargo no governo José Agripino. Perguntado sobre a possibilidade de assumir a secretaria, Elias Fernandes informou não ter conhecimento de nada sobre o assunto.

Fonte:JH

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