Agora é a vez de Palocci, nesta quinta-feira (22), a defesa do ex-ministro petista pediu à presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, que julgue o seu habeas corpus no próximo dia 4 de abril, a mesma data, em que está marcado o retorno do julgamento do habeas corpus preventivo do ex-presidente Lula.

No pedido, a defesa destaca que Antonio Palocci tem “prioridade absoluta”, pois já se encontra preso. “Vossa Excelência optou por priorizar o julgamento de habeas corpus preventivo, impetrado em favor de paciente que não se encontra preso”. E em tom de crítica, alega que já apresentou diversos pedidos, e ressalta que o pedido de Lula foi analisado “em manifesto detrimento do julgamento do presente writ, o qual, repita-se pela centésima vez”.

Os advogados afirmam que há ilegalidade na prisão preventiva de Palocci. “Aponta ilegalidade de prisão preventiva que se alonga por nada menos do que um ano e meio”. Palocci está preso desde 26 de setembro de 2016, durante a 36ª fase da Operação Lava Jato, intitulada de Operação Omertà, conforme determinação do juiz Sérgio Moro.

Em fevereiro, a defesa do ex-ministro solicitou ao ministro Edson Fachin que o HC fosse liberado para julgamento no plenário do Supremo.

No final de 2017, a pedido dos próprios advogados de Palocci, o julgamento que estava marcado para dia 23 de novembro foi adiado. “Ante o exposto, considerando-se que o ministro Ricardo Lewandowski, de acordo com a notícia jornalística, encontra-se de licença médica ao menos até o dia 26 do corrente mês, requer-se o adiamento do julgamento do presente habeas corpus até que a composição do tribunal esteja completa”.