PF COMBATE FRAUDES DE R$ 2 MILHÕES EM APOSENTADORIAS RURAIS, EM ALAGOAS
As investigações iniciaram em 2016, a partir de denúncias recebidas pela Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária (COINP) da Secretaria de Previdência, que realizou levantamento das irregularidades desde o ano de 2012. Identificou-se que o grupo criminoso vinha atuando há pelo menos cinco anos.
Segundos levantamentos iniciais, estima-se que, em 21 benefícios obtidos fraudulentamente, o esquema criminoso tenha provocado um prejuízo de R$ 600 mil aos cofres públicos. No entanto, os valores podem atingir a cifra de mais de R$ 2 milhões, após análise do material que está sendo apreendido neste momento.
ECONOMIA DE R$ 3 MILHÕES
A desarticulação da quadrilha proporcionará uma economia de mais de R$ 3 milhões, em valores que seriam pagos futuramente aos supostos beneficiários. O esquema dividia o dinheiro da fraude entre os integrantes da quadrilha e destinava uma parte do benefício para os falsos trabalhadores rurais.
O destino dos presos foi a sede da Superintendência Regional da Polícia Federal, em Maceió-AL, onde serão indiciadas pela prática dos crimes previstos nos Artigos 171, § 3º (estelionato cometido contra entidade de direito público. Pena: 1 a 5 anos de reclusão), 313-A (Inserção de dados falsos no sistema de informações – Pena: 2 a 6 anos de reclusão) e 288 do código penal (Formação de quadrilha. Pena: 1 a 3 anos de reclusão) cujas penas somadas chegam a 14 anos de reclusão.
A Operação foi denominada “Terra Prometida” em alusão aos dirigentes sindicais e intermediários que prometiam contratos de comodato rural e declaração de atividade rurícola para pessoas que nunca laboraram nas propriedades informadas nos referidos documentos, em troca de favorecer os mesmos com benefícios rurais.