Covid-19: maioria dos estados segue sem aulas presenciais

Veja a evolução da retomada em todos os estados brasileiros

Sala de aula

© REUTERS / Amanda Perobelli / Direitos reservados

Com um indício de queda nas curvas de mortes e casos por covid-19, um dos principais temas nos processos de reabertura econômica e flexibilização do isolamento nos estados tem sido a situação das aulas nas redes de ensino. Até o momento, a maioria dos estados segue sem aulas presenciais.

As atividades pedagógicas presenciais recomeçaram primeiramente no estado do Amazonas, em agosto. Lá, a preocupação agora é com o monitoramento dos profissionais de educação e alunos, que vem ensejando uma disputa judicial entre professores e o governo estadual. A contenda também ocorre no Rio de Janeiro, em relação às aulas na rede privada.

No Rio Grande do Sul o calendário iniciou-se em setembro pela educação infantil, com previsão de término para novembro. No Pará, o governo autorizou aulas presenciais nas regiões classificadas nas bandeiras Amarela, Verde e Azul.

Rondônia adiou o início das aulas até o dia 3 de novembro. O Rio Grande do Norte suspendeu as aulas até o fim do ano. Em outros estados não há definição de data de retorno. Estão neste grupo Distrito Federal, Goiás, Pernambuco, Ceará, Alagoas, Maranhão, Bahia, Paraná, Mato Grosso, Acre e Roraima.

Contudo, em alguns estados foi decretado o retorno das atividades pedagógicas remotas. O governo de Mato Grosso havia determinado a volta nessa modalidade para a educação básica no início de agosto, mesma situação do Amapá. No estado, as aulas em casa foram permitidas também para os alunos da Universidade Estadual (Ueap).

No Tocantins, o ensino remoto foi definido para os alunos do ensino fundamental da rede estadual no dia 10 de setembro. Em Alagoas, a retomada por meio de aulas remotas ocorreu no dia 17 de setembro. Em Minas Gerais, foi autorizado o retorno das aulas práticas dos cursos de saúde apenas, que passaram a ser consideradas serviço essencial.

No Rio de Janeiro, a volta às aulas na rede particular está em disputa judicial, enquanto a região metropolitana teve piora nos indicadores de risco para covid-19 e pode retroceder na classificação.

Veja abaixo o levantamento completo:
(Clique nos estados para ver o conteúdo)

Região Norte

Região Nordeste

As aulas presenciais na rede pública continuam suspensas até o final do ano. O anúncio foi feito pelo governo no dia 8, conforme orientação do Comitê Científico de Especialistas, do Comitê setorial da Educação no Rio Grande do Norte (RN) e da União dos Dirigentes Municipais de Educação, além do resultado de pesquisa feita com a população, em que mais de 70% disseram que a volta das aulas presenciais só deve ocorrer após a disponibilidade de vacina para covid-19. A rede pública mantém atividades não presenciais, por meio virtual, televisivo e escrito.

O governo iniciou, na semana passada, a testagem sorológica dos servidores públicos, dentro do Plano de Ampliação da Jornada de Trabalho Presencial do Poder Executivo Estadual. A testagem será feita durante três meses, para traçar o perfil epidemiológico dos servidores ativos e ampliar o plano de retorno gradativo das atividades presenciais.

Na segunda-feira passada (14) o isolamento social no estado estava em 44%, com taxa de transmissibilidade da covid-19 em 0,87. Porém, três regiões ainda apresentam taxa acima de 1: Alto Oeste (1,09), Oeste (1,11) e Seridó (1,09). O estado permanece na terceira e última etapa do Plano de Retomada das Atividades Econômicas, com a autorização de funcionamento para todos os setores econômicos, cumprindo os protocolos sanitários estabelecidos.

As visitas a internos do sistema penitenciário foram autorizadas a partir do dia 31 de agosto nas unidades menores. Nas que tem mais de 600 presos, as visitas serão reiniciadas entre 23 de setembro e 9 de outubro. A Unidade de Conservação do Parque Estadual Dunas do Natal, reaberta no último dia 2, teve horário e capacidade ampliada desde o dia 17. O número de visitantes diários passou de 225 para 300 durante a semana e até 500 pessoas nos fins de semana.

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