Para chegar a 2.500 entrevistas que preencham proporcionalmente (conforme aparecem na sociedade) os grupos por sexo, idade, renda, escolaridade e localização geográfica, o PoderData faz dezenas de milhares de telefonemas. Muitas vezes, mais de 100 mil ligações até que sejam encontrados os entrevistados que representem de forma fiel o conjunto da população.
DESTAQUES DEMOGRÁFICOS
O PoderData analisou os recortes por sexo, idade, região, escolaridade e renda. Eis os grupos que mais desaprovam a atuação do chefe do Executivo no combate à crise sanitária:
- quem concluiu o ensino superior (64%);
- quem recebe de 5 a 10 salários mínimos (64%);
- moradores da região Nordeste (63%);
- jovens de 16 a 24 anos (60%);
- mulheres (60%).
APOIO BOLSONARISTA
A atuação de Bolsonaro na pandemia é positiva principalmente para aqueles que avaliam o seu trabalho como “ótimo” ou “bom”. Essa parcela representa 70% daqueles que aprovam seu trabalho durante a crise.
Do outro lado, os que avaliam negativamente seu trabalho como presidente em geral também desaprovam sua condução do combate à pandemia. Entre quem acha que sua atuação é “ruim” ou “péssima”, 92% também acreditam que ele faz uma má gestão do enfrentamento à crise.
O PoderData já mostrou que os picos de rejeição a Bolsonaro acompanham os piores momentos da pandemia. Quando os números diários de mortes por covid-19 começam a subir, a rejeição ao presidente também aumenta. Quando as mortes começam a diminuir, sua aprovação sobe, e a desaprovação, desce.
Para o coordenador das pesquisas do PoderData, Rodolfo Costa Pinto, a relação entre a situação epidemiológica da covid no Brasil e a popularidade de Bolsonaro é “direta”.
“A pandemia tomou uma proporção que afeta todos os aspectos das vidas das pessoas. Então, a percepção sobre melhora ou piora da situação serve como uma régua para que as mesmas avaliem o desempenho do governo de maneira geral”, afirma o estatístico.
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PESQUISAS MAIS FREQUENTES
O PoderData é a única empresa de pesquisas no Brasil que vai a campo a cada 15 dias desde abril de 2020. Tem coletado um minucioso acervo de dados sobre como o brasileiro está reagindo à pandemia de coronavírus.
Num ambiente em que a política vive em tempo real por causa da força da internet e das redes sociais, a conjuntura muda com muita velocidade. No passado, na era analógica, já era recomendado fazer pesquisas com frequência para analisar a aprovação ou desaprovação de algum governo. Agora, no século 21, passou a ser vital a repetição regular de estudos de opinião.