Rejeição a Bolsonaro e ao governo ainda é recorde, mas taxas param de aumentar

PoderData mediu percepção da população sobre o governo depois da internação de Bolsonaro e em meio a uma agenda intensa de entrevistas do presidente – Sérgio Lima/Poder360 – 12.jul.2021

Trabalho pessoal do presidente é ruim ou péssimo para 56%; desaprovação ao governo é de 62%

O presidente Jair Bolsonaro e a sua gestão frente ao Palácio do Planalto seguem em seu momento de maior rejeição, segundo pesquisa PoderData realizada nesta semana (19-21.jul.2021). As taxas ficaram estáveis em relação às do levantamento anterior, feito 15 dias antes, com variações dentro da margem de erro de 2 pontos percentuais.

Na pesquisa divulgada nesta 4ª feira (21.jul.2021), 56% avaliam o presidente como ruim ou péssimo, uma oscilação de 1 ponto para cima em relação a duas semanas antes. Para 26%, o desempenho de Bolsonaro é bom ou ótimo; 15% o avaliam como regular.

PoderData faz duas perguntas aos entrevistados: uma sobre a avaliação do desempenho pessoal do presidente e outra sobre seu governo. Nessa última, são dadas 3 opções: aprova, desaprova ou não sabe.

Os resultados mostram que a gestão bolsonarista é aprovada por 32% e reprovada por 62%. Outros 6% não sabem como responder. Essas taxas também variaram na margem de erro.

PoderData vai a campo a cada 15 dias desde abril de 2020 para medir a percepção da população sobre o desempenho pessoal do presidente da República e a avaliação do governo. A frequência das pesquisas permite a captação tanto de variações repentinas na opinião pública quanto de tendências mais longas:

  • no curto prazo – o “salto” de rejeição verificado 15 dias antes dá sinal de que pode ter se esgotado ou, ao menos, desacelerado. A reprovação segue em nível recorde, mas o patamar se manteve nestas duas últimas semanas;
  • no médio prazo – Bolsonaro segue no quadro de alta rejeição registrado desde março, quando o país atravessava a 2ª onda de covid-19, a mais devastadora.

Os 15 dias que separam este levantamento do anterior foram de menor tensão política. O Congresso entrou em recesso, o que interrompeu as atividades da CPI da Covid, fonte de cobertura midiática negativa para Bolsonaro. O presidente acenou aos outros Poderes, ganhou ampla exposição no noticiário ao ser internado para uma cirurgia –que acabou descartada– e, no início desta semana, deu 3 entrevistas em 2 dias. É cedo para afirmar se o quadro estável indica uma tendência que vá se manter nas próximas pesquisas.

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