Rumo a 2014 – Campos alfineta Dilma em inserções políticas do PSB que começam nesta 5ª

Por João Domingos, no Estadão:

O PSB dá início nesta quinta-feira (11) à série de inserções políticas do partido na TV e no rádio, tendo como estrela única o governador de Pernambuco e presidente nacional da legenda, Eduardo Campos. As publicidades que irão ao ar também neste sábado (13), terça-feira (16) e dia 18 exibem ainda o slogan da campanha de Campos, caso ele saia mesmo candidato a presidente: “É possível fazer mais”. Serão dez inserções em cada um dos dias da exibição. No dia 25, será veiculado a publicidade partidária gratuita de dez minutos, também em rede de televisão e rádio. Toda em torno de Campos.

Fica ainda claro que a sigla quer agora mostrar independência em relação ao governo Dilma Rousseff e ao PT. Os filmetes exibirão o governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB no comando de um discurso crítico, com várias indiretas à gestão da economia, que tem por base o consumo. “A hora é de resgatar a confiança na nossa economia e ter foco no consumo, mas, principalmente, na produção. A hora é de fazer o Brasil crescer e ganhar 2013.”

Na mesma inserção, Campos insinua uma centralização de poder que sufocaria os aliados na hora das decisões. “Quem governa precisa saber decidir, mas não pode ser o dono da verdade. Como aliado do governo, temos o dever de propor, participar, apoiar, criticar até quando necessário, mas sempre com um objetivo: de fazer o País avançar.”

Há também críticas a respeito da carência de infraestrutura e logística no País. Um locutor dá a deixa para o comentário do governador de Pernambuco e presidente nacional da agremiação: “Somos um dos maiores produtores de alimentos do mundo, mas falta infraestrutura para estocar e transportar nossa produção. Temos a matriz energética mais limpa do planeta, mas gastamos R$ 400 milhões por mês para manter termoelétricas poluidoras.” Em seguida, Campos entra: “Temos um País que nos estimula, pelas conquistas e vitórias que ajudamos a construir. Mas, dentro dele, tem um País que nos pede para fazer muito mais.”
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Por Reinaldo Azevedo

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