Janot critica fim de doações privadas para eleição

Em entrevista exclusiva à Revista Congresso em Foco, o procurador-geral da República afirma que proibir empresa de financiar campanha, assunto discutido no Supremo, não inibe a corrupção e pode aumentar o caixa dois

“Sou cético. A tendência é o contrário”, diz chefe do Ministério Público sobre efeito de julgamento no STF –

Foto: Paulo Negreiros

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, é contra a proibição de empresas de doarem para as campanhas eleitorais, posição defendida pela maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) em julgamento interrompido em abril. Para o chefe do Ministério Público da União, em vez de reduzir a influência do poder econômico sobre as eleições e a máquina pública, a restrição pode estimular o financiamento irregular de campanhas.

Em entrevista exclusiva à recém-lançada décima edição da Revista Congresso em Foco, uma das raras concedidas por ele desde que assumiu o cargo mais importante do Ministério Público brasileiro, Janot diz que o caminho mais eficaz contra a corrupção eleitoral é garantir transparência às doações e reforçar o controle sobre elas.

Fonte:Congresso em Foco

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